Efeitos da fragmentação florestal sobre o estabelecimento de quatro espécies arbóreas em florestas de terra-firme na amazônia central
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11830 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4718127Y9 |
Resumo: | A bacia amazônica sustenta a maior área de florestas tropicais úmidas no mundo. Contudo, nesta região vem ocorrendo elevadas taxas de desmatamento que resulta na perda e fragmentação dos habitats. O processo da fragmentação pode afetar tanto positivamente quanto negativamente o estabelecimento de espécies arbóreas em fragmentos - algumas espécies podem aumentar suas densidades enquanto outras diminuírem ou mesmo se extinguirem localmente. Este trabalho testou os efeitos da fragmentação florestal sobre o estabelecimento de quatro espécies arbóreas, sendo duas espécies de dossel (Eschweilera coriacea e Scleronema micranthum) e duas de sub-bosque (Helianthostylis sprucei e Rinorea racemosa). O trabalho foi realizado na área experimental do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, Amazônia central (2°30 S, 60°O). Foi feita comparação da mortalidade e recrutamento de indivíduos com DAP ≥ 10 cm de cada espécie entre áreas de borda e interior de floresta e diferentes tamanhos de fragmentos e comparação da densidade de indivíduos com DAP de 1 a 9,9 cm entre borda e interior. Enquanto R. racemosa apresentou alta taxa de recrutamento e maior densidade de indivíduos jovens em áreas fragmentadas, H. sprucei apresentou alta taxa de mortalidade e menor densidade de indivíduos jovens. As espécies de dossel apresentaram também respostas distintas à fragmentação. E. coriacea aparentemente não responde às alterações decorrentes do processo de fragmentação. Contrariamente, a demografia e a estrutura populacional de S. micranthum foi alterada em áreas fragmentadas. Para esta espécie, tanto as taxas de recrutamento e mortalidade foram maiores em áreas fragmentadas, porém não houve diferença na densidade média de juvenis entre áreas fragmentadas e contínuas. Os resultados deste estudo mostram que a fragmentação florestal pode levar a efeitos diferenciados no estabelecimento e demografia das espécies arbóreas e que se devem considerar todos os estágios de vida da planta para avaliar apropriadamente os efeitos da fragmentação. Além disso, os resultados deste estudo sugerem que particularidades de história de vida e demográficas, em vez da posição que as espécies ocupam no estrato, determinam a maior ou menor susceptibilidade à fragmentação florestal de cada espécie individualmente. |