Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Monaise Madalena Oliveira e |
Orientador(a): |
Ribeiro, Guilherme de Sousa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12086
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Resumo: |
Introdução: O sistema de vigilância epidemiológica da dengue tem um papel primordial nas atividades de prevenção e controle da doença. Em 2014, o Ministério da Saúde do Brasil atualizou a definição de caso usada pela vigilância para notificação de pacientes suspeitos de dengue. Entretanto, o desempenho da nova definição de caso ainda não foi avaliado, tão pouco foi avaliado a validade do sistema nacional de informação no registro de casos de dengue. Objetivo: Avaliar a validade do registro de casos suspeitos da dengue pelo SINAN e a nova definição de caso suspeito de dengue. Metodologia: Entre 2009 e 2011, pacientes atendidos em um centro de emergência de Salvador por uma doença febril aguda (DFA) de duração ≤7 dias foram entrevistados para coleta de dados sobre a presença das manifestações clínicas usadas na definição de caso suspeito de dengue. A leucometria foi obtida dos prontuários. Amostras de sangue foram coletadas no dia do atendimento e após 14 dias, e testes de referência (ELISA-IgM, ELISA-NS1 e RT-PCR) foram usados para confirmação laboratorial da dengue. A base de dados do SINAN para 2009-2011 com o registro dos casos notificados de dengue no Distrito Sanitário para o nosso período de estudo foi obtida diretamente na coordenação de vigilancia epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. A sensibilidade (SEN), a especificidade (ESP), os valores preditivos positivo e negativo (VVP e VPN) dos registros de dengue no SINAN bem como dos sintomas utilizados na definiçao de casos foram estimado. O intervalo de confiança de 95% foi utilizado para todas as análises. O projeto foi aprovado pelo CEP-CPqGM- e CONEP. Resultados: No período de 2009-2011, 3.864 pacientes com DFA foram incluídos no estudo, 997 (25,8%) foram laboratorialmente confirmados para dengue e 2.867 (74,2%) foram classificados como não-dengue. Durante o mesmo período, o SINAN registrou 24.382 casos suspeitos de dengue notificados de Salvador, dos quais 2.029 (8,3%) residiam no distrito sanitário de Pau da Lima. Dos 997 pacientes com DFA confirmados como dengue 57 foram registrados como um caso de dengue pelo SINAN (sensibilidade: 5,7%). Dos 2.867 pacientes que foram classificados como não-dengue pelo nosso estudo, 26 foram registrados como um caso de dengue pelo SINAN (falsos positivos: 0,9%; especificidade: 99,1% VPP e VPN para notificaçao de dengue no SINAN foram 68,7 % e 75,1%, respectivamente. De acordo com os calculos do fator multiplicador para cada paciente de dengue resgistrado no sistema de informação deve existir 12 que nao foram registrados. Dos 3.850 pacientes incluídos no estudo no período de 2009-2011, 1.113 (28,9%) foram confirmado laboratorialmente como dengue. A nova definição de caso suspeito de dengue apresentou SEN de 92,5% (IC 95%: 90,7-94,0%), ESP de 11,5% (IC 95%: 10,4-12,7), VPP de 27,1% (IC 95%: 25,7-28,7%) e VPN 81,9% (IC 95%: 77,0-84,6%). A presença de leucopenia foi o indicador de melhor desempenho, entretanto, apenas 969 (25,1%) dos pacientes com DFA e confirmada realizaram leucograma. Conclusao: Conclui-se que a notificação não representa a real magnitude do problema no Brasil. A baixa especificidade da definição de caso de dengue influencia na notificação. Portanto o sistema de vigilância epidemiológica deve pensar em instrumentos que colaborem com um verdadeiro número de casos da doença pois esse achado será importante para guiar as ações de controle e prevenção da dengue. |