Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Machado, Ana Caroline de Sá |
Orientador(a): |
Pereira, Sandro Antonio,
Pacheco, Tânia Maria Valente |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25393
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Resumo: |
Esporotricose é uma micose subcutânea causada por espécies que constituem o complexo Sporothrix, acometendo seres humanos e animais, principalmente os gatos. Na região metropolitana do Rio de Janeiro vem ocorrendo uma epidemia que até o ano de 2012, acometeu cerca de 4.000 seres humanos, 4.000 gatos e mais de 120 cães, diagnosticados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI)/Fiocruz. A transmissão zoonótica que vem ocorrendo, principalmente através de arranhadura e mordedura de gatos doentes, tem sido relatada na maioria dos casos humanos assistidos na mesma instituição, demonstrando a dimensão do grave problema de saúde pública. No tratamento da esporotricose felina, o itraconazol é o fármaco de eleição. Entretanto, o cetoconazol, os iodetos, a terbinafina e a anfotericina B são outras opções de tratamento. No entanto, em uma parcela considerável de casos felinos provenientes dessa epidemia tratados com itraconazol e cetoconazol, tem sido observada a ocorrência de desfechos desfavoráveis, mas com um pequeno número de isolados analisados. Estudos sobre a susceptibilidade antifúngica de isolados de Sporothrix oriundos de casos humanos do Rio de Janeiro têm sido realizados. Porém, até o momento, apenas dois estudos foram conduzidos utilizando isolados de Sporothrix provenientes de gatos do Rio de Janeiro e os resultados sugeriram susceptibilidade à terbinafina e resistência ao itraconazol. Além disso, ainda não foram realizados estudos que associem a susceptibilidade antifúngica de isolados de gatos provenientes desta região, a apresentação clínica e ao desfecho do caso após tratamento antifúngico O objetivo geral deste estudo foi avaliar os isolados clínicos de Sporothrix brasiliensis provenientes de gatos da região epidêmica do Rio de Janeiro em relação à susceptibilidade antifúngica. Sendo os objetivos específicos: a) descrever e comparar a susceptibilidade in vitro de Sporothrix brasiliensis frente a fármacos antifúngicos e b) descrever a associação entre a susceptibilidade aos antifúngicos, as diferentes apresentações clínicas e o desfecho do caso após tratamento antifúngico com cetoconazol e itraconazol. Foram incluídos no estudo 47 isolados de Sporothrix brasiliensis de gatos provenientes de um ensaio clínico realizado no Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos do INI/Fiocruz. O teste de susceptibilidade in vitro para a fase filamentosa foi realizado utilizando o método de microdiluição em meio líquido de acordo com o protocolo M38-A2 do Clinical and Laboratorial Standards Institute. Os agentes antifúngicos testados foram: anfotericina B, cetoconazol, itraconazol e terbinafina. Os valores obtidos do perfil de susceptibilidade mostraram uma alta atividade in vitro da terbinafina, e uma moderada atividade da anfotericina B. Entre os azólicos, o cetoconazol apresentou melhor atividade in vitro que o itraconazol. Não houve associação entre as concentrações inibitórias mínimas encontradas com as diferentes apresentações clínicas e ao desfecho dos casos. Concluimos que, para os isolados felinos oriundos da região epidêmica do Rio de Janeiro, os azólicos apresentam moderada atividade in vitro, assim como a anfotericina B, sendo a terbinafina o antifúngico com a maior atividade in vitro |