Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lima, Frederico Ramos Virgílio de |
Orientador(a): |
Pereira, Sandro Antonio,
Gremião, Isabella Dib Ferreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60608
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Resumo: |
A esporotricose é uma micose subcutânea frequente em diversas regiões do Brasil, principalmente no Rio de Janeiro. Acomete os humanos e animais, principalmente gatos, nos quais os principais sinais clínicos são lesões cutâneas ulceradas. O gato geralmente apresenta uma elevada carga fúngica em suas lesões cutâneas, sendo uma importante fonte de infecção de Sporothrix sp. para o ser humano e outros animais. A cultura fúngica é o método de referência para o diagnóstico da esporotricose felina, entretanto, o exame citopatológico é utilizado frequentemente devido à boa sensibilidade. O itraconazol associado ao iodeto de potássio tem se mostrado efetivo no tratamento da esporotricose felina. A determinação da carga fúngica nas lesões cutâneas ulceradas de gatos com esporotricose, antes e durante o tratamento antifúngico, é importante no diagnóstico e na adoção precoce de medidas de prevenção e controle dessa micose. Este estudo teve como objetivo avaliar a carga fúngica e a viabilidade de Sporothrix sp. nos casos de esporotricose felina ao longo do tratamento com itraconazol e iodeto de potássio e sua associação com a resposta clínica. Foram incluídos 28 gatos com diagnóstico definitivo de esporotricose atendidos no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fundação Oswaldo Cruz. Mensalmente foram realizados exame citopatológico e cultura fúngica a partir da lesão cutânea ulcerada de maior diâmetro presente em diferentes regiões anatômicas. Por meio do exame citopatológico foi quantificada a carga fúngica com base na leitura de uma lâmina de cada lesão selecionada da respectiva região anatômica. A cultura micológica foi realizada para o diagnóstico inicial e avaliação da viabilidade do fungo ao longo do tratamento. Todos os gatos foram tratados com a associação de itraconazol (100 mg/gato/24h) e iodeto de potássio (2,5-5 mg/kg/24h) por via oral. A carga fúngica mediana das lesões cutâneas ulceradas após quatro semanas de tratamento foi 44,05 e após oito semanas foi zero, permanecendo assim até o final da avaliação (12 semanas). Gatos com maior carga fúngica lesional antes do início do tratamento tenderam a apresentar um tempo maior até a cicatrização completa. Após quatro semanas de tratamento, houve diminuição de 57,14% de resultados positivos na cultura micológica. Em relação à viabilidade de Sporothrix sp., após 12 semanas apenas três gatos tiveram resultado positivo na cultura. Dos 28 gatos incluídos, a cura clínica foi observada em 27 casos. Em apenas dois casos, os tutores se infectaram após o início do tratamento dos gatos. Houve redução da carga fúngica em todas as lesões estudadas, sugerindo uma diminuição no potencial zoonótico de gatos em tratamento antifúngico. |