Estudo clínico e epidemiológico da esporotricose felina: caracterização fenotípica, molecular e suscetibilidade antifúngica in vitro de isolados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Taiza Maschio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191467
Resumo: A esporotricose é uma micose de distribuição mundial, decorrente da implantação traumática do fungo Sporothrix. Atualmente, é considerada uma zoonose emergente, de impactos à saúde pública, sendo os gatos os principais animais afetados e associados à transmissão aos humanos. O estudo objetivou identificar casos de esporotricose em gatos no município de São José do Rio Preto/SP, com identificação da espécie circulante, além de analisar os fatores clínicos e epidemiológicos, e de suscetibilidade aos antifúngicos. Amostras de secreções e/ou biópsias de animais com lesões e sintomas da doença foram analisadas por técnicas micológicas, fenotípicas e moleculares de identificação do fungo. O método de microdiluição em caldo foi utilizado para identificar o perfil de suscetibilidade aos antifúngicos. Os aspectos clínicos e epidemiológicos foram avaliados com base em informações contidas nas fichas de investigação. No período estudado, foram coletadas 245 amostras de gatos sintomáticos à esporotricose, sendo o fungo Sporothrix isolado em 189 (77, 2%) amostras. Na análise fenotípica, para todos os isolados, foi encontrado padrão morfofisiológico compatível com a espécie S. brasiliensis, sendo esse achado confirmado por técnica molecular. Na análise de suscetibilidade aos antifúngicos, em geral, a terbinafina foi o fármaco com melhor desempenho de atividade antifúngica, seguido pelo cetoconazol e itraconazol. A população de felinos domésticos analisada era composta, em sua maioria, por machos (180; 73,5%), adultos (236; 96,3%), de rua (131; 53,5%) e não castrados (171; 68,9%). A alta positividade encontrada para a doença demonstra que a esporotricose felina está, de modo expressivo, presente no município de São José do Rio Preto/SP, sendo o Sporothrix brasiliensis a espécie presente. O sucesso dessa espécie na ocorrência de surtos e epidemias está associado, principalmente, a sua alta virulência e maior suscetibilidade do hospedeiro felino.