Novidades e transições sociotécnicas em torno do leite orgânico: um estudo na região extremo oeste de Santa Catarina
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3215 |
Resumo: | O objetivo geral deste estudo foi analisar a produção, os mercados e as formas organizativas em torno do leite orgânico, para descobrir e analisar como são construídas as novidades pelos agricultores familiares e outros atores sociais, verificando as condições históricas nas quais se desenvolveu o sistema orgânico de produção na Região Extremo Oeste de Santa Catarina no contexto da agricultura familiar e identificando também as transições sociotécnicas geradas nesse sistema. Foram identificados e analisados os mercados acessados pelas famílias, com a contribuição de outros atores sociais regionais, na construção de canais de comercialização por cadeias curtas. De maneira a verificar o contexto do sistema agroalimentar, também foram analisadas as relações de organização social construídas pela rede multi-institucional do leite orgânico, identificando suas principais ações e incentivos. Para atingir esses objetivos foram utilizados dois enfoques teóricos: a Perspectiva Orientada aos Atores (POA), de Norman Long, e a Perspectiva Multinível e Coevolucionária (PMN), pelas quais os atores agem de forma multidimensional pela sua capacidade de agência, gerando novidades de diferentes tipos e resultados. A metodologia foi qualitativa, com coleta de dados primários e secundários através da aplicação de entrevistas semiestruturadas a nove famílias de agricultores orgânicos e em transição e, oito técnicos que tinham ligação com o leite orgânico. A pesquisa foi desenvolvida na Região Extremo Oeste Catarinense, especificamente em nove municípios. Os principais resultados que a pesquisa aponta é que os agricultores que produzem leite orgânico e outros alimentos desenvolvem novidades em técnicas, em processos e em sustentabilidade. Por meio dos seus conhecimentos fazem modificações e criam novos produtos, formas de manejar o agroecossistema e incrementam suas atividades e práticas. Também geram novidades ao acessar novos canais de comercialização curtos, aproximando-se dos consumidores e outros atores sociais. Essas ações inovativas mobilizaram também diversas instituições regionais para o desenvolvimento do leite orgânico. Contudo, tais novidades ainda se encontram no nível do nicho sociotécnico, apenas modificando em pequenos graus o regime sociotécnico agroalimentar vigente, necessitando mais atenção e mobilização de atores regionais para sua consolidação, principalmente nas questões de mercados para viabilizar e ampliar a comercialização do leite orgânico e seus derivados, processados com a qualidade orgânica, assim como para que mais famílias possam aderir ao processo de produção orgânica de leite. |