A violência contra as personagens femininas nos contos de Olhos d’água, da escritora afro-brasileira Conceição Evaristo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Tondo, Marlei Castro lattes
Orientador(a): Lima, Marcos Hidemi de lattes
Banca de defesa: Ruffini, Mirian, Fioruci, Wellington Ricardo, Silva, Denise Almeida
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3583
Resumo: A violência é um dos principais temas da antologia de contos Olhos d’Água da escritora afro-brasileira Conceição Evaristo. O objetivo desta dissertação é identificar as várias formas de violência contra as personagens femininas em seis contos do referido livro: “Ana Davenga”, “Duzu-Querença”, “Maria”, “Quantos filhos Natalina teve?”, “Beijo na face” e “Luamanda”, dentro de uma proposta de estudo de literatura afro-brasileira. Na análise sobre estas personagens femininas vitimas de violência, discute-se o funcionamento da violência como mecanismo de dominação e como estratégia de sobrevivência, revelando a permanência de alguns laivos da ordem patriarcal na sociedade brasileira contemporânea. Para a realização deste estudo, o embasamento teórico alicerça-se no conceito de literatura afro-brasileira proposto por Eduardo de Assis Duarte (2011), nas concepções representação e identidade de Kathryn Woodward (2007), na formação da sociedade brasileira sob a forte influência da ordem patriarcal conforme o pensamento de Gilberto Freyre (2006); na discussão da condição feminina e da violência simbólica propostas por Pierre Bourdieu (2017); no conceito de violência urbana de Rubem George Oliven (1986); nas definições espaciais do lugar social que cabe a mulher na sociedade brasileira propostas por Roberto Damatta (1985); na apreensão de Roberto Reis (1987) da hierarquia socioeconômica de uma lógica patriarcal na qual a mulher é totalmente desvalorizada; nos estudos de Mary Del Priore (2015) sobre sexualidade e erotismo na história do Brasil.