Personagens femininas na ordem patriarcal nos romances de Bernardo Guimarães: Rosaura, A enjeitada, A escrava Isaura e O seminarista
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3345 |
Resumo: | Nesta pesquisa, são analisadas algumas personagens dos romances de Bernardo Guimarães: O seminarista (1872), A escrava Isaura (1875) e Rosaura, a enjeitada (1883), com destaque ao impacto de marcas da ordem patriarcal na existência das figuras femininas dessas obras. Também são analisadas as personagens detentoras do poder patriarcal, pois são fundamentais para a constituição do enredo, bem como reveladoras dos pensamentos da época. Este estudo se dá de maneira a aproximar as obras nos temas de contato e também nas diferenças entre elas, duas maneiras interpretativas que justificam este trabalho. Além disso, os romances aqui abordados – pouco estudados – mostram-se reveladores das questões sociais da época. Empreendem-se aqui um levantamento bibliográfico e teórico e o estudo de algumas personagens importantes para a constituição do enredo. Entre as temáticas centrais das discussões presentes, há o matrimônio como domínio físico e econômico do homem sobre a mulher, questões do domínio sexual por imposição de um poder também masculino, os desmandos do poder patriarcal (que também é a lógica dentro do universo clerical), estendendo seus tentáculos sobre a família e demais sujeitos que giram à sua volta, a imposição de modelos de comportamento feminino e o controle do corpo da mulher, as condições de vida de afrodescendentes, questões relativas à visão deturpada da igreja e da sociedade em relação à mulher e a seus direitos e, ainda, a influência de fatores tais como cor da pele e condição social. Há que se frisar que todos estes temas ocupam o segundo plano dos enredos sobre os quais esta análise se detém, haja vista que normalmente o primeiro plano das narrativas aqui estudadas – fator comum em boa parte das obras românticas – contém uma trama amorosa impossível. O embasamento teórico deste trabalho está vinculado às teorizações, tanto literárias quanto históricas e sociológicas, de Affonso Romano Sant’Anna, Alfredo Bosi, Benjamim Abdala Júnior, José Verissímo, Gilberto Freyre, Mary Del Priore, Roberto Reis, Roberto DaMatta, Teófilo de Queiroz Júnior, Gregory Rabassa, Dante Moreira Leite, Heleieth Saffioti, entre outros importantes nomes. |