Um punhal pútrido: uma análise da Crônica da casa assassinada de Lúcio Cardoso
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3590 |
Resumo: | Este trabalho estuda Crônica da casa assassinada (1959), considerada a obra-prima de Lúcio Cardoso, investigando sobre o viés temático da homossexualidade as personagens Timóteo e Maria Sinhá e sobre a ótica temática da transgressão as personagens Nina e Ana, com o intuito de expandir as pesquisas sobre o supracitado livro e, consequentemente, demonstrar a importância e atualidade desse romance para os estudos literários. Para a abordagem da questão do homossexualismo, são apresentados e discutidos estudos sobre alguns de seus aspectos e sobre algumas figurações romanescas do homossexual na literatura brasileira até chegar à Maria Sinhá e Timóteo. Com a finalidade de evidenciar e discutir a transgressão no romance, analisam-se alguns conceitos sobre incesto, traição e a condição feminina na sociedade brasileira, detendo-se enfim em Nina e Ana, cujas ações violam as regras da lógica patriarcal, levantando metaforicamente um punhal que expõe toda a decomposição presente na família Meneses. Para a compreensão do homossexualismo e da transgressão destacados em Crônica da casa assassinada, o arcabouço teórico vale-se de Gilberto Freyre (2003); Michel Foucault (1984); Judith Butler (2008); Ruth Silviano Brandão (2006); Heleieth Saffioti (1976); Roberto Reis (1984) entre outros. Percebem-se nesta obra de temas contemporâneos, instigante e desgostosa de Lúcio Cardoso personagens falhas dentro de uma sociedade esfacelada – evidente demonstração de que se trata de um romance repleto de conjecturas e escuridão que não teme pôr em cena os aspectos mais pútridos de uma família moral e financeiramente decadente. |