Que verdades podem nos fazer livres? desvelando discursos àìmòtológicos de gênero e raça nos espaços das universidades
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26645 |
Resumo: | Este trabalho objetivou analisar manifestações àìmòṭ ológicas frente a percepções do conhecimento produzido e ignorâncias frente a questões de gênero e raça, de docentes de cursos de pós-graduação da UTFPR e UTP, a partir dos seus respectivos lugares enunciativos. Teve como elemento motivador inicial a dissertação de mestrado, defendida em agosto de 2017, onde esta procurou inserir um olhar de gênero nas métricas publicizadas de produção científica de docentes, de dois programas de pós-graduação do Campus Curitiba da UTFPR, a partir das bases de dados oficiais disponíveis. A natureza da pesquisa é qualitativa/interpretativa, localizada, interdisciplinar e situada. Buscou-se o esforço teórico/metodológico de constituir uma trilha analítica discursiva própria, para dialogar com as falas de docentes da UTFPR e UTP entrevistados/as. Adjunto à criação deste instrumento analítico, apresentou-se também um conceito/noção de ignorância sistêmica e coletiva, a àìmòtológia ̣ . Este conceito teve como fundamentos basilares, para além de literatura científica já produzida sobre a ciencia da ignorância, alguns fundamentos coletivos das culturas afro, a partir de diálogos realizados entre 2019 e 2020 com um Bàbálórìsà e uma Ìyálórìsà brasileiros. Essas conversas realizadas, com as autoridades coletivas máximas do Candomblé, se converteram finalmente em um dos procedimentos metodológicos/analíticos; os instrumentos de pesquisa utilizados foram entrevistas semiestruturadas com docentes homens e mulheres de cursos stricto senso da área de engenharias e humanidades das duas universidades, combinados as anotações de diário de campo realizadas durante o estágio doutoral e outras pesquisas realizadas no Brasil antes do Doutorado Sanduíche (Edital 47/2017 – Capes). No caso da universidade colombiana, o período de entrevistas compreendeu os meses de março a julho de 2019. Com relação à universidade brasileira, as entrevistas foram realizadas de 2017 (após aprovação de projeto em comitê de ética, processo de progressão direta de mestrado para doutorado e exames de qualificação da pesquisa) até setembro de 2018. A escolha do país e supervisão acadêmica no exterior perpassou pelos seguintes critérios: composição racial, cultural, econômica e social com similaridades à realidade brasileira; contexto de pesquisa com elementos semelhantes à realizada no Brasil; contexto de universidade com características e singularidades à realidade brasileira e/ou latinoamericana e, por fim, supervisão acadêmica de relevância regional/latinoamericana. Observar realidades similares/diferentes da pós-graduação colombiana e brasileira permite pensar novas epistemologias latinoamericanas de produção científica/tecnológica, criticizando o modo como se produz os documentos de divulgação da produção acadêmica de docentes e as questões interseccionais presentes, como cultura de cada país, divisão social e sexual do trabalho, racismos, sexismos e Lgbtfobias, financiamento de projetos, colaboratividade entre pesquisadores/as latino-americanos/as e de outros continentes e, finalmente, formas de pensar a ciência em áreas diversas com as relações de poder entre os/as pesquisadores/as. |