Akrasia e ignorância em Aristóteles

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, A. V. R. lattes
Orientador(a): Aggio, Juliana Ortegosa lattes
Banca de defesa: Aggio, Juliana Ortegosa lattes, Santos, G. V. lattes, Tabosa, A. S. lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39549
Resumo: Esta pesquisa tem o objetivo de analisar akrasia e ignorância a partir da leitura de VII.3 da Ética Nicomaqueia à luz de três questionamentos: (i) por que às vezes agimos contra o nosso melhor julgamento quando sabemos o que deve ser feito; (ii) de que forma podemos falar de akrasia em termos de ignorância; e (iii) qual é o objeto (teleutaia protasis) da falha acrática, isto é, sobre qual elemento do silogismo prático reside a falha do sujeito acrático: na compreensão da premissa menor ou seria uma falha na conclusão? Se, por um lado, existe a opinião do personagem Sócrates exposta no diálogo Protágoras de Platão de que ninguém poderia agir contra o que sabe ser correto a não ser por ignorância, e, portanto, algo como akrasia não seria possível, por outro, existe a opinião de que é absolutamente possível que uma pessoa, em estado de afecção, atue contrariando o seu melhor julgamento. A partir dos questionamentos citados anteriormente e das opiniões referentes ao fenômeno da akrasia o nosso propósito na construção deste trabalho reside na análise da akrasia, enquanto um conflito de desejos, a fim de entender por que apesar de o nosso intelecto servir como orientação para a prática das boas ações, somos facilmente influenciados pelos nossos apetites? Paralelamente a isso, devemos, a partir do argumento socrático a respeito da ignorância, frisar o tipo de ignorância estaria vinculada à ocorrência da akrasia analisado por Aristóteles. Ao final, objetivamos elucidar – a partir do que o filósofo aborda – como ocorre a vitória do apetite sobre a boulesis atuando como um empecilho para o pensamento.