Propagação vegetativa de jabuticabeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Sasso, Simone Aparecida Zolet
Orientador(a): Citadin, Idemir
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/271
Resumo: A jabuticabeira (Plinia sp.) é uma espécie de difícil propagação vegetativa e um protocolo eficiente para tal ainda não foi definido. O objetivo deste trabalho foi investigar a eficiência de técnicas de propagação vegetativa da espécie e desenvolver um protocolo eficiente para desinfestação e estabelecimento inicial de explantes in vitro. Testou-se o potencial de enraizamento de estacas lenhosas de P. cauliflora, utilizando quatro concentrações de ácido indolbutírico (AIB) (0, 2000, 4000 e 6000 mg L-1) e dois procedimentos (corte vertical e anelamento da estaca); e o potencial de enraizamento de estacas apicais herbáceas de P. cauliflora, utilizando cinco concentrações de AIB (0, 2000, 4000, 6000 e 8000 mg L-1) e em duas épocas de implantação (outubro e dezembro). O percentual de enraizamento das estacas foi avaliado após 180 dias da implantação dos experimentos. Foi testada também a compatibilidade de enxertia de três espécies de jabuticabeira (P. cauliflora, P. trunciflora, P. jaboticaba) sobre porta-enxertos de P. cauliflora, em duas épocas de implantação (maio e agosto). Avaliou-se o percentual de enxertos brotados e o número e tamanho de brotos, após 90 dias da implantação. Para alporquia, foram testados dois diâmetros de ramo (1,0-1,5 cm e 2,0-2,5 cm) e duas larguras do anelamento (1,5 cm e 3,0 cm), na espécie P. cauliflora. Avaliou-se o percentual de enraizamento e o número e tamanho de raízes, após 180 dias da implantação do experimento. Testou-se também o período de imersão (5, 10 e 15 minutos) em hipoclorito de sódio a 1,25% no estabelecimento in vitro de explantes caulinares e radiculares de seedlings de P. trunciflora. Avaliou-se o percentual de contaminação e o número de brotos e folhas dos explantes, após 45 dias de incubação. Observouse que o enraizamento de estacas lenhosas é dependente da aplicação de AIB, sendo que o maior percentual de enraizamento (50%) foi obtido na maior concentração de AIB (6000 mg L-1) conjugada com o corte vertical. Para as estacas herbáceas, o enraizamento foi baixo (máximo de 10%). Entretanto, há o potencial de enraizamento e, por isso, ajustes na técnica devem ser testados para maximizá-lo. A enxertia e a alporquia são técnicas recomendáveis para propagação da jabuticabeira, pois proporcionam alto percentual de formação de mudas. Há compatibilidade aparente entre as três espécies enxertadas sobre P. cauliflora. A utilização de garfos retirados de plantas em frutificação deve ser evitada, pois ocorre inibição da brotação posterior dos enxertos. Na alporquia, ramos de diâmetro superior a 2,0 cm, proporcionam enraizamento de 87,5% e maior número e tamanho de raízes, em relação a ramos de menor diâmetro. A utilização do menor tempo de imersão (cinco minutos) em hipoclorito de sódio 1,25% é eficiente para desinfestação dos explantes caulinares de seedlings de jabuticabeira e permite seu estabelecimento inicial in vitro, proporcionando o desenvolvimento de brotações.