Caracterização de frutos, divergência genética e estrutura espacial de jaboticabeiras nativas de fragmento florestal em Clevelândia - PR
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1733 |
Resumo: | Para traçar estratégias visando a conservação e uso dos recursos genéticos de espécies arbóreas, como a jaboticabeira, é essencial se fazer a caracterização. Na região Sudoeste do Paraná existem fragmentos florestais contendo jaboticabeiras nativas (Plinia cauliflora), com variabilidade e potencialidade para pomares comerciais ou programas de melhoramento genético. Como a diversidade genética representa o potencial de uma população para produzir diferentes genótipos, poder-se-ia iniciar tal caracterização em um destes fragmentos. O objetivo foi caracterizar frutos de jaboticabeiras (P. caulifora) de fragmento florestal mantido em Clevelândia-PR, quanto a presença de variabilidade fenotípica, buscando-se identificar aquelas denominadas superiores para seleção como futuro cultivar ou genitor masculino, bem como, estimar a divergência genética entre eles, como ferramenta complementar. Além disso, verificar a regeneração e os padrões de distribuição espacial da espécie. Para a realização do estudo foi delimitada parcela de um hectare (10.000 m²), com todos os indivíduos identificados, mapeados, com sistema local de coordenadas, e mensurada altura e diâmetro. Foram caracterizados frutos quanto as características sensoriais e bioquímicas, em dois anos, 70 genótipos em 2013 e 56 em 2014; destes, 33 genótipos nos dois anos. Como critério de pre-seleção foi adotada a escolha de 20% dos genótipos que apresentaram a maior frequência de superioridade nas características avaliadas dos frutos. Foi analisada a divergência genética entre 33 genótipos por ano. O padrão de distribuição e associação espacial foi avaliado pela função K de Ripley. Pela primeira vez classificou-se os estágios ontogenéticos de jaboticabeira, segundo a altura da planta em: plântulas (0,01 a 0,99 m), juvenis (1,0 a 4,99 m), imaturos (> 5,0 m, não reprodutivos), adultos (reprodutivos) em ambiente florestal. Também foi descrita pela primeira vez a ocorrência natural de plântulas justapostas, indicando a poliembrionia. O número de regenerantes identificados na população (plântulas: n = 2163; juvenis: n = 330; imaturos: n = 59) foi muito maior que o número de adultos (n = 132). A espécie apresentou estrutura de tamanho em padrão J-invertido, com alta concentração de regenerantes. A distribuição da regeneração ocorre por padrão agregado e há dependência das plântulas em relação aos adultos, devido dispersão das sementes à curtas distâncias e emergência de plântulas próximo às matrizes. A regeneração de jaboticabeira é suficiente para manter a espécie em longo prazo nesta população, a qual pode servir como referência do sucesso de regeneração para outros estudos desta importante espécie frutífera da Floresta Ombrófila Mista. Foram préselecionadas as jaboticabeiras 7, 42, 43, 47, 54, 91, 97, 104, 105, 118, 134, 153, 154, 157, 163, 169, 177, 186, 212, J7-01 e J7-02, sendo a 16 e 194 as únicas que já podem ser selecionadas pelas características de superioridade entre ambos ciclos. Recomenda-se a realização de hibridação entre os genótipos 79 e 119 e, 96 com 148. A qualidade das frutas analisadas demonstrou potencialidade para uso como dupla finalidade servindo tanto para mercado in natura ou processamento. |