Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Forestiero, Francisco José |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-05072009-180443/
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Resumo: |
Polimorfismos nos genes da n-acetiltransferase 2 (NAT2), CYP2E1 e glutationa S-transferase (GST) têm sido associados a diferenças na resposta ao tratamento da tuberculose. O papel de variantes dos genes NAT2, CYP2E1 e GSTM1/GSTT1, no perfil de segurança do tratamento da tuberculose, foi avaliado em 99 pacientes com tuberculose, sem co-infecção por HIV ou vírus da hepatite, tratados por 6 meses. Amostras de sangue foram colhidas antes e durante o tratamento para avaliação de marcadores de lesão hepatocelular (ASLT e AST), colestase (ALP, GGT e bilirrubinas) e função renal (creatinina). O DNA genômico foi extraído de sangue colhido em EDTA pelo método precipitação salina. Os polimorfismos NAT2 foram analisados por PCR-RFLP e seqüenciamento de DNA. Os polimorfismos da região promotora do CYP2E1 foram detectados por PCR-RFLP e para a análise dos genótipos nulos de GSTM1 (GSTM1*0) e GSTT1 (GSTT1*0) foi utilizada a PCR multiplex. Durante o tratamento, 59,6% dos pacientes apresentaram reações adversas aos medicamentos (RAM) e alterações nos marcadores de lesão hepatocelular e colestase, com aumento de 1 a 4 vezes o limite superior de referência. Foi observada forte relação entre RAM e alterações nos marcadores séricos (p< 0,05) e também com o uso de medicação concomitante (p< 0,001). As freqüências dos alelos NAT2*4 e NAT2*6 foram maiores e menores, respectivamente, quando comparadas com outros estudos na população brasileira. O perfil de acetilador lento (alelos NAT2*5, NAT2*6 e NAT2*7) foi associado com manifestação de RAM e hepatotoxicidade. Os portadores dos genótipos NAT2*4/*5 e NAT2*5/*5 apresentaram, respectivamente, risco 2,4 e 5,0 vezes maior de RAM que os portadores dos demais genótipos NAT2 (p< 0,05). O genótipo funcional GSTM1*1/GSTT1*1 foi associado com alterações acentuadas de ALT, AST e ALP (p< 0,05). Enquanto que as variantes da CYP2E1 não foram associadas a alterações no perfil bioquímico ou com risco de RAM ou hepatotoxicidade. Em conclusão, o perfil de acetilação lenta de NAT2 e o genótipo funcional de GSTM1/GSTT1 aumentam a susceptibilidade de lesão hepatocelular e outras RAM induzidas pelos antimicobacterianos utilizados no tratamento da tuberculose. |