Farmacogenética da tuberculose: uma revisão sistemática.
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1638 |
Resumo: | As populações são marcadas por uma alta variabilidade genética entre os indivíduos, sendo que essa heterogeneidade pode influir diretamente sobre a eficácia dos fármacos e provocar desfechos desanimadores para a clínica. Neste contexto, adotando uma medicina personalizada e considerando-se as particularidades em relação ao perfil genético de cada indivíduo, torna-se possível adequar e aprimorar o tratamento farmacológico, ao passo que essa prática considera também as influências dos farmacogenes isoladamente, e assim, é capaz de otimizar a terapêutica. O tratamento da tuberculose, dentro dessa perspectiva, já foi associado a diversos genes que podem direcionar o tratamento de pacientes acometidos pela patologia. Alguns de seus polimorfismos, que podem estar presentes, tendem a desencadear respostas farmacológicas divergentes, alterando perfis de metabolização, elevando-se os índices de fracasso terapêutico. Etnia é também importante neste contexto, visto que a frequência de polimorfismos varia de população para população. Com isso, tivemos como objetivo identificar polimorfismos nos farmacogenes NAT2, AGBL4, ABCB1, ABCC2, CUX2, GSTP1, NOS2, RIPOR2/FAM65B, SLCO1B1, TNF, XPO1, CYP2B6, CYP2C19 e CYP2E1 associados à resposta ao tratamento de Tuberculose e suas implicações clínicas a partir de uma revisão sistemática da literatura, avaliando além disso as possíveis diferenças interétnicas nos dados encontrados. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura cumprindo os padrões estabelecidos pela metodologia PRISMA. As buscas foram realizadas no repositório de referência PubMed e os genes foram selecionados através de uma busca na plataforma PharmGKB, considerando associações ao tratamento de tuberculose por meio de análise e curadoria da literatura disponível. As frequências alélicas foram calculadas e comparadas estatisticamente com o teste qui-quadrado para as diferentes etnias incluídas. Foram incluídos 83 artigos, com um total de 23.291 indivíduos estudados. Como esperado, o gene NAT2 foi o mais estudado. A análise da representação étnica demonstrou que os Leste-Asiáticos foram os que tiveram maior representação dentre os indivíduos estudados dos trabalhos incluídos. Pudemos observar diferenças significativas na frequência entre os casos, indivíduos acometidos pela Tuberculose e entre os controles, indivíduos livres da patologia, em variantes de 5 genes, sendo eles: ABCC2, CYP2C19/CYP2C9, GSTP1, NOS2 e NAT2. Os resultados encontrados sugerem possíveis alelos protetivos e de risco étnico-específicas, apontando caminhos a serem percorridos. |