Impacto dos polimorfismos CYP2C19*2 e CYP2C19*3 na evolução pós-operatória de pacientes submetidos a procedimentos endovasculares periféricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Abe, Amanda Hiromi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193316
Resumo: Introdução - O uso do clopidogrel associado ao ácido acetilsalicílico é o método mais empregado para prevenção da reestenose após o tratamento endovascular. Entretanto, os polimorfismos no gene CYP2C19 estão relacionados com uma redução da transformação do clopidogrel em seu metabólito ativo, com consequente diminuição da eficácia sobre a inibição das plaquetas, resultando em nova obstrução precoce. Objetivo - Fornecer dados sobre a influência dos polimorfismos no gene CYP2C19 na redução da eficácia do clopidogrel e dados epidemiológicos sobre a frequência desses polimorfismos gênicos na população brasileira. Material e métodos - Este foi um estudo retrospectivo de 250 pacientes submetidos à angioplastia de membros inferiores entre os anos de 2015 a 2017. Desses, foram excluídos 153 pacientes, sendo realizado a análise de 97 casos. Resultados e discussão - A patência primária em 1 ano dos territórios ilíaco e fêmoro-poplíteo foram inferiores ao da literatura, 53,83% x 86% (Indes, et al., 2013) e 35,51% x 73% (Almasri et al., 2017), respectivamente, provavelmente porque os pacientes submetidos à angioplastia eram em sua maioria TASC-II C com risco-operatório para cirurgia aberta alto. Sobre o território infra-poplíteo, a patência primária foi semelhante ao da literatura, 60,52% x 66% (Almasri et al., 2017). Para o estudo da associação entre o uso do clopidogrel e a presença de estenose maior que 50% ou oclusão em menos de 1 ano, foi usado o teste do qui-quadrado, porém não houve associação (p=0,5), não sendo possível avaliar a eficácia da medicação no resultado pós-angioplastia periférica. Conclusão - Este trabalho não demonstrou a frequência desses alelos na população brasileira, devido às dificuldades na avaliação das amostras. Novos estudos deverão ser conduzidos para encontrar a melhor metodologia para realizar a análise das amostras e para a avaliação da presença do polimorfismo CYP2C19, a fim de esclarecer melhor a associação entre o uso de clopidogrel e a estenose/oclusão precoce após o tratamento endovascular.