Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Gualberto, Maria Júlia de Oliveira Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10082023-093631/
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Resumo: |
A displasia cortical focal (DCF) é um dos tipos mais frequentes de malformações do desenvolvimento cortical (MDC), sendo responsável por uma grande parcela do número de casos de epilepsias farmacorresistentes. As características anatomopatológicas incluem a presença de alterações na microarquitetura do córtex cerebral com a presença de células anormais, como por exemplo os neurônios dismórficos e células em balão. Apesar de haver crescimento no número de drogas antiepilépticas disponíveis no mercado, há a farmacorresistência, necessitando assim de outras alternativas de tratamento, dentre elas a abordagem cirúrgica. As epilepsias associadas à DCF, impõe um grande desafio na avaliação pré-cirúrgica das epilepsias, notadamente quando a imagem estrutural (RM, CT) não apresenta alterações visíveis. Neste contexto, a imagem funcional (SPECT) pode ser uma ferramenta complementar de grande auxílio na determinação da zona de início crítico, principalmente quando utilizada em processamentos de corregistro, como o SISCOM. Nessa perspectiva, o presente estudo teve como objetivo avaliar a contribuição dos SPECTs crítico, intercrítico e SISCOM na avaliação pré-cirúrgica das epilepsias associadas à DCF. Trata-se de uma pesquisa observacional, retrospectiva com crianças e adultos encaminhados para avaliação cirúrgica em um centro de referência em epilepsia. A seleção dos pacientes contou critérios de inclusão específicos, avaliação minuciosa das imagens e classificação dos pacientes de acordo com o seu tipo de DCF, grau de concordância da imagem em relação a área abordada e prognóstico pós-operatório. Os resultados mostraram que o SISCOM contribuiu na avaliação pré-cirúrgica dos pacientes com DCF de modo heterogêneo em relação à classificação da malformação. Os pacientes com DCF tipo I foram os que apresentaram maior percentual de resultados concordantes, enquanto os pacientes com DCF tipo II e III apresentaram maior percentual de resultados parcialmente concordantes. O SISCOM prognosticou o bom resultado cirúrgico (Engel I) em 71,4% dos pacientes com DCF, sendo um resultado concordante um fator de contribuição para uma tomada de decisão cirúrgica, mas um resultado não concordante não será capaz de prognosticar um bom ou mal resultado cirúrgico. Os resultados parcialmente concordantes obtiveram valores de Engel muito heterogêneos, não contribuindo assim para a localização da zona epileptogênica. |