Contribuição prognóstica da subtração entre os SPECTs crítico e intercrítico e o seu alinhamento com a RM (SISCOM) em pacientes com epilepsia farmacorresistente associada à RM 3T NORMAL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Itikawa, Emerson Nobuyuki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PET
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-01122021-164112/
Resumo: O planejamento pré-cirúrgico visa localizar a zona epileptogênica presumida (ZEP) através da avaliação multidisciplinar que inclui: eletroencefalograma (EEG) ambulatorial, Vídeo-EEG, Tomografia Computadorizada (CT), Imagens por Ressonância Magnética (IRM), SPECTs (tomografia computadorizada por emissão de fóton único) crítico e intercrítico, PET (tomografia por emissão de pósitron) e avaliação neuropsicológica. A IRM é a neuroimagem estrutural de escolha para a investigação de lesões potencialmente epileptogênicas. O problema surge quando a IRM de alto campo é incapaz de revelar quaisquer anormalidades (ie., RM negativa). Nesses casos, o SISCOM tem sido utilizado para revisar a IRM e para implantação de eletrodos invasivos. Os objetivos deste projeto foram: (a) Avaliar a contribuição do SISCOM na avaliação pré-cirúrgica e terapêutica de pacientes com RM 3T negativa; b) Avaliar o acoplamento vascular (ANV) através do SPECT intercrítico e do PET; Este foi um estudo longitudinal, prospectivo, que avaliou a concordância entre o SISCOM e o vídeo-EEG em 40 pacientes com epilepsia refratária e RM 3T negativa. Para avaliar o aporte sanguíneo e o metabolismo neuronal anormal à RM negativa, investigamos o acoplamento neurovascular (ANV) em um subgrupo de 32 pacientes que realizaram o PET cerebral. Os pacientes receberam a administração intravenosa de 1.480MBq de 99mTc-ECD para realização do SPECT crítico/intercrítico. O PET cerebral foi adquirido com atividade de 185 MBq. Os SPECTs e o PET foram alinhados com a IRM 3T multiplanar ponderada em T1. Os achados do SISCOM foram correlacionados com o vídeo-EEG e demais dados da avaliação pré/pós-cirúrgicas. O SISCOM foi a técnica com as maiores taxas de concordância com o vídeo-EEG (81%), seguido do SPECT crítico (56%). Ao verificar a abordagem proposta pela equipe em reunião clínica, a área de abordagem invasiva foi mais restrita em 75% dos casos em que o SISCOM foi concordante com o vídeo-EEG. Dentre os pacientes com bom resultado cirúrgico, o foco do SISCOM foi completamente ressecado em 50% dos pacientes. Dentre os pacientes com mau resultado cirúrgico, o foco do SISCOM não foi ressecado em 75% dos pacientes. A análise do PET e do SPECT intercrítico mostrou mudanças de acoplamento entre o aporte sanguíneo e o metabolismo neuronal no período intercrítico. Concluímos que o SISCOM contribuiu para a hipótese diagnóstica da ZE através de uma investigação mais topograficamente seletiva através do EEG invasivo. O estudo fisiopatológico da epilepsia refratária com IRM negativa evidenciou mudanças de acoplamento perfusional e metabólico no período intercrítico.