Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Stefano, Luiz Henrique Soares Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17161/tde-23042018-153036/
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Resumo: |
Introdução: Muitos pacientes acometidos por acidente vascular cerebral (AVC) sofrem sequelas motoras e cognitivas permanentes, as quais promovem maior risco de quedas que constitui a complicação mais frequente nesse grupo de pacientes. Dessa forma, a identificação dos fatores que predispõem a quedas em pacientes após AVC se faz necessária para a elaboração de estratégias de prevenção dos fatores modificáveis a fim de evitar suas consequências, melhorar prognóstico funcional, expectativa e qualidade de vida desta enorme população. Objetivos: O objetivo primário deste estudo foi analisar os fatores preditivos de quedas em uma amostra de pacientes acometidos por AVC atendidos em um hospital de referência de Ribeirão Preto e incluídos no Registro de AVC de Ribeirão Preto (REAVER), no período de seis meses após o AVC. Os objetivos secundários foram analisar a frequência relativa de quedas nos 6 primeiro meses após o AVC; analisar as características da ocorrência de quedas ocorridas nos 6 primeiros meses após o AVC; analisar as características clínicas, funcionais e processos de reabilitação em pacientes caidores e não-caidores da amostra estudada. Metodologia: Foram incluídos todos os pacientes com diagnóstico de AVC isquêmico ou hemorrágico internados na Unidade de Emergência do HCFMRP-USP no período de setembro de 2015 a março de 2016 com Escala de Rankin modificado prévia menor que 1. De forma retrospectiva, foram coletadas variáveis do REAVER referentes aos dados pessoais, doenças associadas, déficits neurológicos, funcionalidade, estado cognitivo e reabilitação. De forma prospectiva após 6 meses do AVC, coletamos por meio de contato telefônico informações sobre uso de medicações que afetam o sistema nervoso central, presença de parkinsonismo, demência após AVC, sintomas de tontura e desequilíbrio, déficit visual, além da ocorrência, número, local e circunstâncias em que as quedas ocorreram neste período. Resultados: Foram investigados 304 e incluídos 129 pacientes no estudo, com uma prevalência de 31 quedas que ocorreram em 24% da amostra. Os locais mais frequentes de queda foram nas proximidades do quarto do paciente no período de maior atividade (manhã e tarde). A maior parte das quedas ocorreram entre 3 a 6 meses após o evento. As principais atividades envolvidas foram a deambulação e transferências. Encontramos associação positiva entre ocorrência de quedas e os seguintes fatores: déficit visual antes do AVC (p=0,02), síndrome demencial após AVC (p=0,01), uso de inibidores da acetilcolinesterase (p=0,01), parkinsonismo (p =0,01), sintomas de tontura e desequilíbrio após o AVC (p<0,001) e Escala Modificada de Rankin em 3 meses após o AVC (p=0,007). A análise de regressão logística evidenciou que a presença de desequilíbrio postural ou tonturas são fatores preditivos independentes para quedas na amostra estudada. Conclusões: As quedas são um problema frequente em pacientes que sofreram AVC e sua ocorrência é maior nos períodos de atividade do paciente e em atividades simples como deambulação e transferências. Alterações do equilíbrio postural consolida-se como fator preditivo independente de quedas após o AVC |