Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Abe, Ivana Lie Makita |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-20122010-173826/
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Resumo: |
A doença cerebrovascular é a maior causa de morte e uma grande causa de incapacidades no Brasil. A taxa de mortalidade no Brasil é uma das mais altas do mundo, principalmente entre os indivíduos com menor condição socioeconômica. A coleta de dados confiáveis e com qualidade sobre as características do acidente vascular cerebral (AVC) é essencial para sua prevenção. Entretanto, existem poucos estudos brasileiros sobre a prevalência da doença. A Organização Mundial de Saúde propõe uma estratégia de vigilância para o acidente vascular cerebral (The WHO STEPwise Approach to Stroke Surveillance) em 3 etapas. A etapa 1 analisa os eventos hospitalizados, a etapa 2, os eventos fatais na comunidade e a etapa 3, os casos de AVC na comunidade que não foram admitidos em hospitais. Por meio de padronização de instrumentos para coleta de dados nas três etapas, esta estratégia permite a comparação de dados sobre a epidemiologia do AVC ao longo do tempo e entre países. Este estudo transversal tem como objetivo avaliar a prevalência de acidente vascular cerebral na área de abrangência do Programa Saúde da Família no Jardim São Jorge, zona oeste do município de São Paulo, por meio da implantação do terceiro passo do WHO STEPS Stroke. Validou-se questionário sobre sintomas de AVC (fraqueza de membros em um dos lados do corpo, paralisia facial, problemas na articulação da fala, alterações de sensibilidade em um dos lados do corpo e alterações visuais) e história prévia da doença. O padrão-ouro utilizado para validação do instrumento foi avaliação por neurologista e revisão de prontuário. Após validação, foram considerados casos de AVC indivíduos com duas ou mais respostas positivas ao questionário com procura a serviços de saúde ou mais de 3, mesmo sem procura a serviços de saúde. Utilizando-se os critérios de positividade acima expostos, a sensibilidade do questionário comparada ao padrão-ouro foi de 72,2%, a especificidade 94,4%, a razão de verossimilhança positiva 12,9 e a razão de verossimilhança negativa 0,29. O questionário validado foi aplicado pelos agentes comunitários de saúde em suas visitas mensais às residências, a todos os moradores maiores de 35 anos da área de abrangência da unidade. Dos 4.496 moradores, aceitaram participar da pesquisa 3.661 pessoas (81,4%). Destes, 577 (15,8%) apresentaram rastreamento positivo e foram submetidos à entrevista mais detalhada para confirmação de AVC. Foram considerados como casos de acidente vascular cerebral 243 indivíduos (6,6%). A prevalência de AVC ajustada por idade nos indivíduos maiores de 35 anos foi de 6,5% (IC95% 3,5 - 5,7) entre as mulheres e 4,6% (IC95% 3,9 - 5,7) entre os homens. Hipertensão, doença cardíaca e dislipidemia foram as condições auto-referidas associadas ao AVC. 11,9% dos casos de AVC apresentavam incapacidade grave segundo a escala de Rankin modificada. A taxa de prevalência foi elevada em comparação com outras pesquisas, principalmente entre as mulheres. |