Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Taís Regina da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214173
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Resumo: |
Introdução: A negligência espacial unilateral (NEU) após Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser causada por perturbações do equilíbrio da atividade elétrica cerebral em ambos os hemisférios, sendo que na área lesionada há diminuição da excitabilidade cortical. A literatura recente sugere que a percepção espacial poderia ser melhorada através do reequilíbrio da atividade hemisférica por meio de estimulação cerebral não-invasiva. Objetivo: Avaliar os efeitos da fisioterapia após estimulação anódica transcraniana por corrente contínua (A-ETCC) e estimulação catódica transcraniana por corrente contínua (C-ETCC) para melhorar as deficiências visuoespaciais e funcionais em indivíduos com NEU após acidente vascular cerebral. Métodos: Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, acima de 18 anos, com diagnóstico de AVC na região do hemisfério direito, há no mínimo 3 semanas e no máximo 6 meses, confirmadas por exame de imagem e com diagnóstico de NEU confirmado pela Escala de Behaviour Inattention Tests (BIT), padrão ouro para esse diagnóstico. Os pacientes foram randomizados, com programa de distribuição aleatória (Software R4.0.3) gerado por computador em três grupos: 1.Tratamento com ETCC Anódica na região parietal à direita; 2. Tratamento com ETCC Catódica na regiões parietal à esquerda; 3. Controle (ETCC modo sham). Todos os pacientes realizaram 20 min de estimulação seguidos de 1 hora de fisioterapia totalizando 15 sessões. Os indivíduos foram avaliados por meio da Escala de BIT, Escala de Catherine Bergego (CBS), National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS), Medida de Independência Funcional (MIF), Índice de Barthel (IB), Escala Modificada de Rankin (mRS) e Escala de Qualidade de Vida (EQ-5D), antes da primeira sessão (D0 e D1), na oitava sessão (D8) e na décima quinta sessão (D15) por um investigador cego ao tratamento que o paciente recebeu. Foi considerado desfecho primário a taxas de evolução (TE) da NEU de acordo com a pontuação da BIT. O desfecho co-primário foi a TE da NEU de acordo com a pontuação da CBS. Os desfechos secundários foram a TE dos resultados neurológicos e funcionais com base na pontuação do NIHSS, mRS, IB, MIF e EQ-5D. Resultados: O total de 51 pacientes com AVC na fase subaguda e NEU foram incluídos, 26 mulheres (56,5%) e 20 brancos (43,5%). A idade média dos participantes foi de 64,5 anos (35,0 - 84,0). Houve aumento estatisticamente significativo no TE do BIT entre o pós-tratamento (D15) e a linha de base (D0) no grupo A-ETCC (b = 0,29; IC 95% 0,11-0,48; p = 0,003) em comparação com o Sham. As TE de NIHSS, mRS, IB, MIF e EQ-5D entre dois momentos (D8-D1 e D15-D1) foram significativamente positivas e diferentes de zero no grupo Sham. No entanto, apenas NIHSS e mRS adicionaram benefícios em ambos os grupos (A-ETCC e C-ETCC). Nenhum evento adverso sério foi observado. Conclusão: Ambas as técnicas (A-ETCC e C-ETCC) reduziram a gravidade do AVC e melhoraram o nível de dependência, mas apenas A-ETCC reduziu a NEU após o AVC. A fisioterapia após a estimulação cerebral é viável e potencialmente transformadora para o tratamento da NEU e ETCC deve ser incluída como uma ferramenta de efeito primming da neurorreabilitação. |