Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Cezário, Vanessa Cardoso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-18122015-093137/
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Resumo: |
Este trabalho trata das transformações que permitiram a família assumir uma configuração democrática e as consequências para a autoridade dos pais com os filhos. O conceito de social arendtiano define, em vários níveis, os fundamentos dessas mudanças, assim como a época que chamamos de contemporaneidade para fazer referência, principalmente, à segunda metade do século XX. Essa família, mais privada na conjugalidade e mais pública na parentalidade, embora de certa forma desvinculada das instituições que antes a definia, pretende funcionar como uma pequena democracia e a autoridade dos pais não é mais um aspecto evidente da educação. A partir desse contexto lançamos as seguintes questões: Quais podem ser as consequências para a educação quando um conceito do âmbito político e público é transportado para o privado? O que muda no laço de filiação quando a autoridade é preterida em favor de uma suposta igualdade ou democracia? As crianças podem sustentar uma posição política, ainda que no privado? A nossa hipótese é que a ideia de igualdade, presente sob várias formas entre os adultos, estendeu-se para as relações de filiação, e, em seu viés mais radical, desconsiderou a especificidade da educação causando dificuldades nessa área. Nosso objetivo foi verificar como as transformações das esferas pública e privada interferiram na dinâmica familiar, caracterizar a família democrática e demonstrar que a autoridade não tem somente o viés negativo que se quer combater na educação atual. Concluímos que, embora atualmente as crianças sejam sujeitos de direitos e a família funcione como uma pequena democracia, elas não são sujeitos políticos. Em sua perspectiva infantil, as crianças não têm condições de sustentar a ação e o discurso em seu nome como membro da polis. Diante delas, ainda é preciso que o adulto tenha a posição de autoridade que não cabe à política. |