O transcristão: um diálogo poético entre Murilo Mendes e Nietzsche

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Bissacot Neto, Orlando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-05102009-155012/
Resumo: Essa dissertação procura, nos termos de um possível diálogo entre Murilo Mendes e Nietzsche, detalhes da poética ao mesmo tempo cristã e surrealista de Murilo Mendes. Proposta que pode ser auxiliada pela percepção do valor da cultura na poesia muriliana, que tangencia a filosofia, bem como outras artes, como a música e a pintura. A presença de Nietzsche nos Retratos-relâmpago de Murilo Mendes, que cedo iniciou suas leituras do filósofo, indica uma aparente contradição, dado o catolicismo do poeta e a posição crítica de Nietzsche quanto ao cristianismo. Porém, a sugestão do tipo transcristão no retratorelâmpago, designação do católico que empreende a transvaloração dos seus valores cristãos, além de outras importantes resoluções determinadas por Murilo Mendes no texto, configuram uma ligação bastante reveladora entre o poeta e o filósofo. Tomada como diálogo, portanto uma interação mediada por palavras, essa relação, que tem o pensamento de Heráclito como interesse comum e ponto de partida, será analisada na medida em que se desdobra ao redor de conceitos consagrados na história do pensamento, como: pólemos, zoé e pathos.