As representações do sagrado em Tempo e eternidade, de Murilo Mendes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Munck Junior, Edson lattes
Orientador(a): Furtado, Fernando Fábio Fiorese lattes
Banca de defesa: Pereira, Maria Luiza Scher lattes, Carvalho, Luiz Fernando Medeiros de lattes, Silva, Teresinha Vânia Zimbrão da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/527
Resumo: Esta dissertação propõe um exercício de leitura de Tempo e eternidade, publicado por Murilo Mendes, em 1935, a partir das noções do sagrado que exsurgem nos poemas. Apoiado nas reflexões de Mircea Eliade sobre o mito e o sacro e conjugando-as com a fortuna crítica de José Guilherme Merquior, Murilo Marcondes de Moura, Laís Corrêa de Araújo, Júlio Castañon Guimarães, Martin Heidegger, Octavio Paz, dentre outros, quer-se ler a poética muriliana que coloca em jogo o modernismo e a tradição cristã. Um ano antes da publicação da obra, o poeta juiz-forano converte-se ao cristianismo. Em parceria com Jorge de Lima, elabora-se o projeto do referido livro sob a epígrafe “restauremos a Poesia em Cristo”, presente na publicação ao tempo de seu lançamento. Tempo e eternidade também representa, desse modo, esforços da intelectualidade católica brasileira no intuito de reconstruir o lugar da experiência com o divino em um contexto de industrialização e urbanização intensas no país. Todavia, como manifestação poética que é, a obra encerra em si questões que traduzem a condição do ser no mundo e é justamente esse aspecto existencial que se quer investigar no presente trabalho. Assim, propõe-se a leitura do percurso da restauração da poesia no mundo moderno em três movimentos: do mundo caído, ao mundo em Cristo e, por fim, ao mundo vindouro.