Manequim de pássaros: ritmo, corpo e metamorfose em Murilo Mendes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Aline Novais de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-21022020-151421/
Resumo: A tese desenvolve uma abordagem polimórfica da poesia de Murilo Mendes (1901-1975), apostando no aspecto prismático para analisar e interpretar as obras: Poemas (1930), Bumba meu poeta (1932; 1959), A poesia em pânico (1938), As metamorfoses (1944), Retratos-relâmpago 1ª série (1973;1980) e 2ª série (1980; 1994). O trabalho parte de uma crônica de juventude do poeta, publicada em 1920, que se volta negativamente para a manifestação do maxixe nos salões de baile para, em seguida, investigar a passagem de uma postura conservadora a uma assimilação dos corpos dançantes em sua lavra. O autor intensifica o processo metamórfico de sua poesia a partir de encadeamentos e de justaposições das imagens poéticas, que engendram insolitamente uma cosmovisão própria. Nesse fazer-literário, a musicalidade, por estar sob o domínio do ritmo surrealista, concorre para construir uma visão do mundo que se manifesta sobretudo pelo complexo imagístico orquestrado pela sua poesia marcadamente visionária. Nesta convivem em tensão o silêncio e o ruído, o estático e a dança, o Oriente e o Ocidente, o eunuco e o erotismo, o técnico e o antitécnico, o antigo e o moderno, o cristão e o pagão, Jesus e Dioniso.