Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Mariano, Agnes Francine de Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-18112013-160243/
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Resumo: |
Este trabalho investiga modos de dialogia que ocorrem na passagem da fala para a escrita, durante a produção de perfis jornalísticos em ambiente educacionais. O objetivo foi identificar diferentes soluções exploradas por estudantes, a relação que estas possuem com o grau de letramento e, assim, encontrar formas de facilitar o desenvolvimento da escrita. Os dados foram coletados em duas oficinas de produção de perfis, ministradas pela autora/pesquisadora para estudantes de Comunicação de São Paulo com diferentes letramentos. O material referente a cada participante da pesquisa é composto por duas entrevistas gravadas com perfilados, dois perfis escritos e, como material suplementar, dados sobre os seus hábitos de leitura e escrita. Assumindo uma perspectiva da linguagem e da aprendizagem como indissociáveis da experiência social (Bakhtin e Vygotsky), a pesquisa parte da ideia de que o gênero jornalístico perfil, quando tornado objeto de ensino, pode contribuir em processos de desenvolvimento da escrita. Isto porque envolve interação face a face (por meio da entrevista), retextualização (passagem do oral para o escrito), além de conteúdo e estrutura composicional familiar a outros gêneros que lidam com a representação de experiências vividas. O aspecto central observado nesse corpus foi a organização tópica, especialmente como os segmentos tópicos aparecem na entrevista (oral) e no perfil (escrito). Entre as operações de retextualização (Marcuschi), foram observadas as manutenções (repetição de tópicos e de sequência dos tópicos, uso do discurso direto, etc.), as eliminações, as reformulações (reordenações dos tópicos, substituições lexicais, uso do discurso indireto) e também acréscimos (interpretações, observações, comparações). A análise dos dados constatou que há uma tendência de que a entrevista participe da produção do perfil de diferentes modos, em função do grau de maturidade do estudante como escrevente. A organização tópica da fala, em geral, desempenhou papel mais relevante entre os escreventes com menor domínio dos recursos e estratégias próprias da escrita. Verificou-se que os estudantes com maior domínio dessas estratégias utilizam a entrevista sobretudo como uma forma de interação que permite aquisição de conhecimento. Confirmada a hipótese de que, especialmente em casos de estudantes com menor fluência, a organização tópica da fala tende a orientar significativamente a organização tópica da escrita, os resultados permitem sugerir formas específicas de organização do ensino para incentivar/estimular produções mais complexas. |