A retextualização de entrevistas como proposta de ensino de produção textual: do oral para o escrito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pessanha, Adriana Angelim lattes
Orientador(a): Pereira, Marli Hermenegilda lattes
Banca de defesa: Pereira, Marli Hermenegilda lattes, Freire, Gilson Costa lattes, Coelho, Fábio André Cardoso lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15467
Resumo: O ato da comunicação é uma necessidade intrínseca do ser humano, o qual se realiza por meio da linguagem. Dentre as suas múltiplas formas de manifestação – não verbais e verbais – a língua é o instrumento mais usual. Ela se realiza oralmente ou por escrito. Embora distintas, fala e escrita são interdependentes, apresentando-se numa relação de continuidade. Pautado nessa premissa, o presente trabalho tem como objetivo geral apresentar uma sequência didática de produção textual com base na retextualização de entrevistas, tendo o texto oral como ponto de partida para a produção escrita. Os objetivos específicos desta pesquisa são: identificar as características intrínsecas de cada modalidade, a partir de atividades que explorem a relação de continuidade entre oralidade e letramento (MARCUSCHI, 2010); esclarecer ao aluno que a escrita é um processo realizado em etapas; explorar a utilização dos termos coesivos – especificamente os de função referencial – e de elementos dêiticos no processo de construção da coerência textual (ANTUNES, 2005). Como aporte teórico, a pesquisa se fundamenta nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nas Orientações Curriculares da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Toma-se, ainda, os estudos de Marcuschi (2007, 2008, 2010), Antunes (2005, 2016, 2017), Koch e Elias (2017), Hoffnagel (2007) e Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004). Esta proposta de intervenção é uma pesquisa-ação, a qual foi desenvolvida com uma turma de oitavo ano de uma escola da Rede Municipal do Rio de Janeiro. Os alunos entrevistaram profissionais de diferentes ramos de atuação e, a partir do texto produzido oralmente, realizaram o processo de retextualização para a modalidade escrita. As versões finais das produções foram publicadas no jornal online da escola, na seção específica de entrevistas. Da análise dos dados, conclui-se que os alunos percebem que há distinções entre fala e escrita, mas ainda é possível identificar em seus textos algumas marcas típicas da primeira, o que reforça a relação de continuidade entre as modalidades. Conclui-se, ainda, que o ensino dos critérios de textualidade – especialmente a coesão, que repercute na coerência – deve ser uma prática sistemática e reiterada