Correlação entre intervalo HV e achados eletrocardiográficos em indivíduos com síncope e bloqueio de ramo esquerdo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferreira, Maita Pretti Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-08022022-160237/
Resumo: Introdução: A ocorrência de síncope é relacionada a mortalidade em portadores de bloqueio de ramo esquerdo (BRE), mas estes representam um grupo heterogêneo de indivíduos. Dentre os escores de risco para síncope, é consenso que as anormalidades eletrocardiográficas e a presença de cardiopatia subjacente são fatores proeminentes. Porém, não existe aprofundamento direcionado a essa população e pouco há que se agregue ao julgamento clínico nesses casos, até que o estudo eletrofisiológico (EEF) seja feito. A sensibilidade módica do método torna seu emprego prático conflitante com a literatura. Deste modo, identificar os pacientes mais propensos a eventos graves é clinicamente significativo. Objetivos e métodos: Este foi um estudo transversal que incluiu pacientes com síncope e BRE submetidos a EEF em um hospital terciário especializado em Cardiologia, com o objetivo de avaliar a associação entre os parâmetros de eletrocardiograma (ECG) ao prolongamento do intervalo HV no EEF. Resultados: 94 pacientes consecutivos foram elegíveis para a análise final. A idade média foi de 63,1 ± 11,9 anos, com predomínio do gênero masculino (68,1%) na amostra. Quanto as principais comorbidades, a prevalência de tabagismo foi de 39,3%, hipertensão 84%, diabetes mellitus (DM) 29,7%, doença arterial coronária (DAC) 28,7% e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) reduzida ( 40%) 48,9%. Na análise univariada, FEVE 40% aparentou importância que não foi confirmada após regressão logística. Os valores de QRS médio 165 milissegundos (ms) (odds ratio [OR] 7,7 valor de p [p] < 0,001) e de intervalo PR 220ms (OR 7,10 p < 0,005) foram preditores independentes para intervalo HV 70ms. No subgrupo de pacientes com este desfecho, o QRS médio foi de 170,88 ± 26,81ms, significativamente maior do que no grupo controle. Outros dados analisados não foram sistematicamente associados ao desfecho. Conclusão: Em pacientes com síncope e BRE, a duração do QRS e a do intervalo PR foram preditores independentes de intervalo HV aumentado no EEF. Pesquisas em maior escala são necessárias para confirmação subsequente.