Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Vilalva, Kelvin Henrique |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-11072023-143519/
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Resumo: |
Introdução: Morte súbita cardíaca (MSC) por arritmias ventriculares malignas (AVM) em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica (CMH) ocorre em até 0,9%/ ano. Identificar fatores preditores de risco para tal evento é de suma importância, considerando a indicação de cardiodesfibrilador implantável (CDI) nos pacientes com mais elevado risco. A deflexão intrinsecoide (DI) medida no eletrocardiograma demonstrou, em alguns estudos, correlação com desfechos cardiovasculares, porém, a literatura é escassa na análise de tal parâmetro em pacientes com CMH. Objetivos e métodos: Este foi um estudo do tipo coorte retrospectiva, que incluiu pacientes com CMH e portadores de CDI seguidos em hospital terciário. Analisaram-se parâmetros clínicos e ecocardiográficos, além da medida da DI nas derivações V5 ou V6. Resultados: 180 pacientes foram incluídos na análise, divididos em 2 grupos: grupo I (N=55) pacientes cujo CDI foi indicado para prevenção secundária e/ou que apresentaram AVM durante o seguimento (com ou sem terapia pelo CDI) e grupo II (N=125) pacientes cuja indicação do CDI se deu por prevenção primária e que não apresentaram terapia pelo dispositivo durante o seguimento clínico. No grupo I, observaram-se maiores valores de: HCM-Risk SCD (13,5 ± 3,92 vs 6,47 ± 2,76 - p < 0,001), espessura do septo (25,5 ± 4,63 mm vs 22,4 ± 4,70 mm p<0,001) e DI em V5 ou V6 (77,1 ± 15,4 vs 40,5 ± 10,8 p<0,001). Na análise multivariada, a medida da DI e a ocorrência de taquicardia ventricular não sustentada no Holter de 24 horas foram os fatores que melhor se correlacionaram com a ocorrência de AVM. A análise da curva ROC mostrou como ponto de corte com melhores sensibilidade e especificidade o valor de 58 ms para a DI em V5 ou V6. Conclusão: DI prolongada constituiu fator preditor independente para ocorrência de AVM e, portanto, para maior risco de MSC, em pacientes com CMH. A inclusão de tal parâmetro na estratificação de risco pode auxiliar na melhor indicação de CDI aos pacientes sob maior risco. |