Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rezende, Caroline Patini de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17131/tde-12042024-103427/
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Resumo: |
Nos últimos anos, as doenças fúngicas causaram quase 2 milhões de mortes anualmente. Estima-se a existência de cerca de 1.5 milhões de espécies fúngicas, das quais os principais fungos patogênicos responsáveis por causarem doenças graves são Candida spp., Cryptococcus spp., Aspergillus spp. e Paracoccidioides spp. O aumento da incidência e prevalência das micoses invasivas nos últimos anos mostra a necessidade do desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas. As vesículas extracelulares (VEs) vêm se tornando importantes biomarcadores, promovendo a interação das células fúngicas com outros organismos e desempenhando importante papel na relação patógeno-hospedeiro. Dado a enorme complexidade das VEs fúngicas e inexistentes estudos clínicos demonstrando seu papel no curso da infecção in vivo, o objetivo deste estudo foi identificar e entender o papel das VEs circulantes em amostras clínicas de pacientes acometidos por infecções fúngicas. Os resultados demonstram a presença de VEs no soro e urina de pacientes com infecções causadas por C. albicans, C. neoformans e P. brasiliensis. Dentre os principais metabólitos secundários encontrados, destaca-se a presença de lipídios, moléculas importantes para as funções fisiológicas das VEs, com predominância das classes químicas dos esteroides, esfingolipídios e ácidos graxos. Esses metabólitos presentes nas VEs podem ser cruciais na modulação da resposta imune do hospedeiro e dado o exposto, foi avaliada in vitro a atividade imunobiológica das VEs obtidas. Os resultados sugerem uma polarização de perfil pro-inflamatório, com produção de citocinas como TNF-α, IFN-γ e IL-6, bem como elevada expressão de iNOS, marcador de resposta M1. Dessa forma, é possível sugerir que as VEs circulantes em pacientes acometidos por infecções fúngicas estão envolvidas na patofisiologia da doença e, promovem melhor entendimento do papel das VEs no curso da infecção fúngica em pacientes e em modelo in vitro, demonstrando o potencial uso das VEs em novas estratégias terapêuticas para o tratamento das micoses sistêmicas. |