Análise funcional das vesículas extracelulares derivadas de células estromais mesenquimais humanas usadas em terapia celular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Maçonetto, Juliana de Matos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17153/tde-09042021-095438/
Resumo: As células estromais mesenquimais (MSC) são células heterogêneas com capacidade de controlar a resposta imunológica, atuando como uma ferramenta importante na terapia celular, principalmente no tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes. Evidências sugerem que as vesículas extracelulares derivado de células estromais mesenquimais (EV-MSC) apresenta funções semelhantes às MSC, transportando moléculas bioativas para células-alvo, que podem alterar seu fenótipo ou comportamento funcional. O objetivo deste trabalho foi a caracterização morfológica e funcional das vesículas extracelulares derivadas das MSC (EV-MSC) de fontes distintas, cultivadas em meio livre de xenoantígenos, nas condições de hipóxia e normóxia. Para isso, foi padronizado um protocolo eficiente para depleção das vesículas extracelulares do soro AB humano utilizado na produção das EV-MSC, e avaliado o seu efeito sobre as características morfológicas, imunofenotípicas, proliferação, viabilidade e propriedades de diferenciação das MSC. Os resultados obtidos demonstraram que é possível isolar e caracterizar MSC do cordão umbilical (UC-MSC) e tecido adiposo (AT-MSC), em condições de normóxia e hipóxia, livres de xenoantígenos e empobrecido de EV, representando um grande avanço para a produção de EV-MSC. Em seguida, foram isoladas EV do sobrenadante de cultura das UC-MSC e AT-MSC por ultracentrifugação e caracterizadas quanto ao tamanho e concentração, bem como a expressão de proteínas. Também foi avaliado a expressão de genes envolvidos na imunorregulação presentes nas EV e o seu potencial de inibição e interação com os linfócitos T. Como conclusão, este trabalho demonstra que as EV derivadas de MSC apresentam um efeito imunomodulatório em condições livres de xenoantígenos e pré-condicionadas por hipóxia, com potencial aplicação terapêutica.