Papel das vesículas extracelulares produzidas por Paracoccidioides brasiliensis na homeostase de ferro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Guedes, Arthur Cadamuro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-11042024-100527/
Resumo: O Ferro (Fe) apresenta uma posição central na interface patógeno-hospedeiro. Em mamíferos, um sistema altamente especializado atua na captura de Fe dos patógenos, e a capacidade dos patógenos de resistir à privação de Fe é considerado um fator crucial de virulência. No contexto da paracoccidioidomicose, uma doença causada por membros do complexo Paracoccidioides, há um aumento da aquisição de Fe em resposta a privação deste elemento. Isso inclui a produção por sideróforos, a captação de heme e ferro extracelular, processos regulados pelo fator de transcrição HapX. No entanto, existem poucos estudos em relação aos mecanismos de captação e síntese de sideróforos, a via de captação de heme da molécula de hemoglobina e dos genes que controlam a homeostase de Fe em Paracoccidioides. Sabe-se que vesículas extracelulares (VEs) desempenham um papel essencial na interação patógeno-hospedeiro durante infecções fúngicas. Dessa forma, investigamos o papel de VEs produzidas por P. brasiliensis na captação de ferro e mecanismos fisiopatológicos associados à infecção. Para isso, utilizamos uma linhagem mutante de P. brasiliensis para o gene HapX, a fim de avaliar a produção de VEs e seu impacto na virulência fúngica. Identificamos que VEs produzidas pelo mutante de P. brasiliensis para o gene HapX possuem propriedades imunomoduladoras, desencadeando a liberação de mediadores pró-inflamatórios, aumentando a capacidade fagocítica e a capacidade de killing por macrófagos derivados de medula óssea. Além disso, essas VEs demonstraram efeito protetivo no modelo in vivo de larvas de Galleria mellonella contra a infecção por P. brasiliensis. Em conjunto, nossos resultados sugerem uma correlação significativa entre a privação de Fe e mecanismos de secreção via VEs que contribuem para o sucesso da infecção por P. brasiliensis, contribuindo para o avanço no entendimento da paracoccidioidomicose.