Avaliação comparativa entre matriz xenógena e enxerto de tecido conjuntivo subepitelial no tratamento de recessões múltiplas em área estética: estudo clínico randomizado controlado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Michel, Raphaella Coelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-20042022-112444/
Resumo: Objetivo: O objetivo do estudo foi comparar o uso da matriz MucograftÒ (MC) ao enxerto de tecido conjuntivo subepitelial (ETCS), ambos associados a técnica de avanço coronal do retalho modificado (ACRM), no tratamento de recessões gengivais (RGs) RT1 múltiplas em área estética, avaliando a não-inferioridade do grupo teste (ACR+MC) em relação ao grupo controle (ACR+ETCS), em até 6 meses de acompanhamento. Materiais e métodos: Os pacientes incluídos no tratamento deveriam apresentar 6 RGs adjacentes em área estética. O resultado da alocação aleatória e de perdas na amostra acarretaram em 20 pacientes no grupo teste e 16 pacientes no grupo controle. Os parâmetros clínicos avaliados, e analisados por meio dos testes de Mann-Whitney e Friedman, foram: redução da altura da recessão gengival (AR), profundidade de sondagem (PS), nível de inserção clínica (NIC), largura da RG (LR), altura da mucosa ceratinizada (AMC) e espessura da mucosa ceratinizada (EMC). Estes desfechos também foram avaliados de acordo com o fenótipo gengival. Para os desfechos centrados no paciente (PROMS), foi utilizada a escala visual analógica (VAS) e o questionário OHIP-14 para análise do impacto na qualidade de vida dos pacientes. O questionário para estética do sorriso (RES) avaliou a percepção estética do profissional. Os períodos de avaliação foram: inicial (bsl), 3 e 6 meses. A avaliação de não-inferioridade foi realizada, por meio do intervalo de confiança, para verificação da relevância clínica na comparação entre os grupos, de acordo com a margem de nãoinferioridade pré-estabelecida (0,75). Resultados: O grupo controle apresentou melhores resultados para a redução da AR (p<0,05), porém sem relevância clínica, provando a não-inferioridade da MC em relação ao ETCS. O RRC foi superior para o ETCS (p<0,01). Não houve diferença relevante entre os fenótipos fino (FF) e espesso (FE) para os desfechos clínicos avaliados (p>0,05). Os resultados dos PROMS mostraram que grupo teste apresentou menor morbidade pós-operatória (p<0,05), menor tempo cirúrgico e ingestão de analgésicos. Além disso, não houve diferença significativa entre os grupos para o impacto na qualidade de vida dos pacientes (p>0,05). Nos períodos de 3 e 6 meses não houve diferença estatística entre os grupos para a percepção estética do paciente e do profissional (p>0,05). Conclusão: O presente estudo clínico randomizado controlado demonstrou que a MC pode ser considerada uma alternativa viável ao ETCS no RR de RG múltiplas em áreas estéticas extensas. São necessários estudos futuros, com a utilização da MC no RR em defeitos múltiplos extensos, comparando fenótipos gengivais e com maior tempo de acompanhamento