Comparação clínica entre a utilização de enxerto de tecido conjuntivo e matriz colágena suína (Mucoderm) para tratamento de retrações tipo 1: estudo clínico controlado e aleatorizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Suzuki, Kleber Tanaka
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58132/tde-21032019-105556/
Resumo: Retalho posicionado coronalmente associado ao enxerto de tecido conjuntivo subepitelial (ETCS) é o padrão ouro para o tratamento de retrações gengivais. A matriz de colágena suína bioabsorvível Mucoderm® (MD) tem sido amplamente utilizada como substituto do ETCS e tem alcançado resultados semelhantes. o MD tem a vantagem de disponibilidade que supera as limitações do sítio doador em enxertos autógenos. O objetivo deste estudo é investigar o uso do MD nos procedimentos de recobrimento radicular combinado com retalho extendido posicionado coronalmente (REPC), grupo teste (GT), em comparação ao ETCS associado ao REPC, grupo controle (GC). Dezoito pacientes adultos, apresentando recessão tipo 1 bilateral foram selecionados. Parâmetros clínicos, profundidade de sondagem, nível clínico de inserção, altura (RG) e largura (LRG) da retração, altura (GQ) e espessura (EGQ) da gengiva queratinizada e área da retração (ARG) foram registrados no início, 3 e 6 meses após os procedimentos cirúrgicos por um examinador cego. Aos 6 meses, um periodontista realizou uma Escala Estética de Recobrimento Radicular (ERR) (Cairo et al. 2009) analisando a posição da margem gengival (MG), contorno do tecido marginal (CTM), textura do tecido mole (TTM), alinhamento da junção mucogengival (AJG) e coloração da gengiva (CG). Aos 3 e 6 meses, um questionário estético funcional para o paciente foi utilizado para avaliar a satisfação com a taxa de recobrimento (STR), coloração da gengiva (CG) e sensibilidade dentinária (SEN), esta última aplicada também no baseline, e se necessário, voltaria a realizar a cirurgia (CIR) em outras áreas. O paciente respondeu ao questionário em uma escala VAS. O GT e o GC apresentaram redução significativa na média da RG (3,33 ± 0,89mm a 1,31 ± 1,03mm (p &lt0,05) e 3,21 ± 0,80mm a 0,83 ± 0,86mm ( p &lt0,05)), LRG (4,03 ± 0,57mm a 2,73 ± 1,62mm 12 e 4,10 ± 0,63mm a 2,07 ± 1,79mm (p &lt0,05)) e ARG (222638 ± 99731pix&sup2 para 72727 ± 82631pix&sup2 e 196461 ± 84815pix&sup2 para 48414 ± 63398pix&sup2 (p &lt0,05)) respectivamente e ganho de GQ (1,87 ± 1,17mm para 2,85 ± 1,43mm (p &lt0,05) e 1,91 ± 0 , 95mm a 2,83 ± 1,41mm (p &lt0,05)) e EGQ (0,76 ± 0,21mm a 1,10 ± 0,31mm (p &lt0,05) e 0,86 ± 0,39mm a 1, 36 ± 0,40mm (p &lt0,05)) respectivamente em um período de 6 meses. A quantidade média de cobertura radicular não foi diferente entre GT (61,33%) e GC (73,90%) (p&gt 0,05). Não houve diferença entre o GC e o GT nos parâmetros analisados no ERR aos 6 meses e para o questionário estético funcional ao paciente houve redução significativa no parâmetro SEN no GT (54,55 ± 32,60% para 19,11 ± 25,73% (p &lt0,05)) e GC (55,61 ± 30,88% a 11,17 ± 17,51% (p &lt0,05)). Ambos os grupos mostraram uma redução significativa na RG. Considerando-se que não foram observadas diferenças significativas entre o GC e o GT para RG, LRG, ARG e GQ e EGQ foram significativamente diferentes favorecendo GT, pode-se especular que o MD possa ser usado como alternativa ao CTG para o tratamento de recessões gengivais