Comparação entre o uso de enxerto de tecido conjuntivo e matriz dérmica acelular xenógena associados ao retalho posicionado coronariamente para o tratamento de recessões gengivais unitárias: reanálise de dados de dois estudos randomizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fonseca, Manuela Bafini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214592
Resumo: As recessões gengivais apresentam alta prevalência e estão relacionadas com a demanda estética e de hipersensibilidade dentinária. A técnica de retalho posicionado coronariamente (CAF) associada ao enxerto de tecido conjuntivo subepitelial (CTG) é considerada como terapia padrão-ouro para o tratamento de recessões gengivais unitárias. Contudo, o uso de enxerto autógenos está diretamente relacionado a desconforto e morbidade pós-operatória. Deste modo, biomateriais vêm sendo desenvolvidos com o objetivo de substituição do CTG, como por exemplo a matriz dérmica acelular xenógena (XDM). Tal matriz tridimensional possui características biológicas que favorecem o seu uso em cirurgias mucogengivais, apresentando um comportamento semelhante ao CTG. Apesar da literatura abordar o seu uso em mucosa peri-implantar e em recessões gengivais múltiplas, há poucas evidências a longo prazo do seu emprego em defeitos unitários e em comparação com o CTG. O objetivo do presente estudo foi de comparar o uso de XDM ao uso do CTG, associados ao CAF, no tratamento de RGU RT1. Ademais, analisar variáveis independentes influenciadoras no resultado clínico final da RGU. Cinquenta sítios com RGU foram avaliados em baseline, 3 e 6 meses a partir da redução da recessão gengival (RedRec), recobrimento radicular completo (RRC), porcentagem de recobrimento (%R), ganho em altura (ATQ) e em espessura tecidual (ETQ). Superioridade do CTG foi visto na RedRec, RRC e %R (p < 0,05) após 6 meses, bem como melhores ganhos teciduais. A partir da regressão dos dados em baseline com o desfecho de RRC, verificou-se que a ETQ se apresenta como um preditor significante [OR= 1,6473 (IC (1,134 – 2,3926)], bem como a altura da papila (AP) [OR= 8,2 (IC (1,31 – 51,2)]. Contudo, a interação XDM x ETQ revelou OR de 7,105-5 [IC (9,917-9 – 5,09-1)]. ETQ atuou como um preditor relevante para RedRec (B= 1,365, p = 0,03). AP e uso do XDM como preditores na %R (B=11,53, p = 0,001; B= -20,36; p = 0,0003, respectivamente). Aos 6 meses verificou-se uma influência negativa da variável independente XDM no RRC [OR= 4-3 (IC (2,64-5 – 0,6)] e RedRec quando comparado ao CTG. Conclui-se que CTG é superior ao XDM no tratamento de RGU RT1.