Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Eustachio, Ricardo Rabelo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-26112019-213908/
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Resumo: |
Introdução: O enxerto de tecido conjuntivo subepitelial (ETCS) é considerado o padrão ouro no recobrimento de recessões gengivais classe I e II de Miller. No entanto, dependendo da área e técnica de remoção dos enxertos no palato, podem apresentar características anatômicas, formas geométricas e composições histológicas distintas. Análises da literatura sugerem que diferentes padrões de ETCS, embora sejam predominantemente de tecido conjuntivo, possam apresentar estabilidade volumétrica, padrão histológico, além de revascularização diferentes. Materiais e Métodos: Este estudo clínico randomizado, boca dividida, comparativo de não inferioridade teve como objetivo avaliar após 6 meses pós-operatórios, os parâmetros clínicos periodontais: profundidade de sondagem (PS), profundidade da recessão (PR), nível clínico de inserção (NCI), largura da recessão (LR), espessura da mucosa ceratinizada (EMC), faixa de mucosa ceratinizada (FMC), taxas de recobrimento radicular (TRR) e completo recobrimento radicular (CRR). Foram comparados os sítios que receberam o enxerto desepitelizado (DE), removidos pela técnica de Bosco e Bosco (2007) aos sítios com enxertos removidos pelo bisturi de lâmina dupla (BLD), segundo técnica de Harris (1992). Os participantes foram convidados, em todas as visitas de acompanhamento, a responder a questionários de satisfação estética pela Escala analógica visual (EAV) e também de avaliação da morbidade/dor. Periodontistas experientes e cegos aos grupos experimentais foram convidados a observar os resultados clínicos e a responder um questionário de estética. Resultados: 21 pacientes foram submetidos a duas cirurgias (DE e BLD), em um total de 84 sítios com recessões gengivais. Não foi verificada diferença estatisticamente significante na TRR entre grupos (DE) e (BLD), apresentando respectivamente 82,5%±21,8, e 78%±22,2. Nos parâmetros PR, NCI, LR e FMC foram verificadas diferenças significantes entre os períodos inicial e 6 meses, mas não foi constatada diferença entre os grupos DE e BLD. Já a PS não apresentou diferenças significantes na análise intergrupo, nem entre os períodos de avaliação. Na análise de dor e morbidade, menores valores foram observados no grupo BLD (4,66±2,31), em relação ao grupo DE (7.86±1.24). A análise estética pelo paciente (DE: 8,48±1,72; BLD: 8,57±1,57) e pelo periodontista (DE: 8,86±1,28; BLD: 8,57±1,07) não apresentaram diferenças estatisticamente significantes após 6 meses pós-operatórios entre as duas técnicas. No entanto, a estética foi significantemente superior após 6 meses para os dois enxertos, comparados ao período inicial (DE: 3,24±1,97; BLD: 2,43±1,80), na análise pelo paciente, e pelo periodontista (DE: 4,05±1,12; BLD: 3,57±1,08). Conclusões: Ambas as técnicas se mostraram eficientes para o recobrimento radicular em recessões gengivais múltiplas adjacentes, porém com menor morbidade pós-operatória para o grupo BLD, sendo esse um importante critério a ser considerado no processo de tomada de decisão para escolha da técnica de remoção do ETCS. |