Associação de placas carotídeas e do espessamento médio-intimal da carótida comum, avaliados ultrassonograficamente, com fatores de risco cardiovascular tradicionais no estudo de saúde longitudinal do adulto (ELSA-Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos Neto, Pedro José dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-19082021-112516/
Resumo: Introdução: A aterosclerose é uma doença crônica e uma das principais causas de morte no mundo. Ela está relacionada a enfermidades graves como angina isquêmica, infartos do miocárdio e acidentes vasculares encefálicos. Métodos de imagem têm sido utilizados como marcadores da presença de aterosclerose e predição de risco cardiovascular, entre eles a tomografia computadorizada (TC), através da medida do cálcio arterial coronariano (CAC), e a ultrassonografia das artérias carótidas, através da medida da espessura médio-intimal (IMT) e da avaliação qualitativa e/ou quantitativa de placas ateromatosas. Porém, diferenças entre esses métodos e sua associação com fatores de risco tradicionais podem ajudar a identificar se elas representam fases e/ou fenótipos distintos do processo aterosclerótico. Objetivo: Avaliar a associação das placas carotídeas e da espessura médio-intimal da artéria carótida comum (ACC-IMT) com os fatores de risco cardiovascular modificáveis tradicionais. Métodos: Foram examinados 4.266 participantes com idade entre 35 e 74 anos na linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). A presença de placas em todos os segmentos das artérias carótidas foi avaliada. A média da espessura médio-intimal da artéria carótida comum foi medida na parede distal. Para avaliar a associação de fatores de risco cardiovascular com placas, aplicamos modelos de regressão logística apresentados em bruto, ajustados por variáveis sociodemográficas, juntamente com ajuste posterior multivariado para hipertensão, diabetes, dislipidemia e tabagismo. Para a associação de fatores de risco cardiovascular e ACC-IMT, modelos de regressão linear foram usados com os mesmos ajustes. Resultados: A mediana da idade foi de 51 anos (intervalo interquartil: 45-58 anos), 54,5% de mulheres. A prevalência de placa em pelo menos um segmento das artérias carótidas foi de 35,9%. A espessura média da ACC-IMT das paredes distais foi de 0,609 ± 0,133 mm. No modelo multivariado para a presença de placa, os Odds Ratios foram: 1,39 (1,19-1,63) para hipertensão, 1,58 (1,36-1,82) para dislipidemia; 2,00 (1,65-2,43), 1,19 (1,02-1,40) para tabagismo atual e passado e 1,13 (0,95-1,35) para diabetes. Nos modelos de regressão linear multivariada, os coeficientes beta da espessura media da ACC-IMT foram: 0,035 mm (0,027-0,043) para hipertensão; 0,020 mm (0,013-0,027) para dislipidemia; 0,020 mm (0,010-0,029), 0,012 mm (0,004- 0,020) para fumantes atuais e anteriores e 0,024 mm (0,015-0,033) para diabetes. Conclusão: Fatores de risco cardiovascular foram independentemente associados ao aumento da espessura médio-intimal da artéria carótida comum, prevalência de placa e escores de placa, exceto diabetes que não mostrou associação independente com placas no modelo multivariado