Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Biondi, Robertha Baccaro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/157419
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Resumo: |
Biondi, R.B. Fatores relacionados com risco cardiovascular em indivíduos com Doença Inflamatória Intestinal. 2018. 48p. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2018. Introdução: a incidência das doenças inflamatórias intestinais (DII), que compreendem principalmente a doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa idiopática (RCUI) aumentou nas últimas décadas. Evidências sugerem que, assim como observado em outras doenças inflamatórias, indivíduos com DII, podem apresentar maior risco de doenças cardiovasculares, uma vez que a inflamação crônica desempenha papel essencial na aterogênese. Objetivo: avaliar o risco cardiovascular de indivíduos com DC e RCUI. Metodologia: estudo transversal conduzido no periodo de abril 2016 a outubro de 2017 com indivíduos portadores de DC e RCUI atendidos no Ambulatório de DII do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB), comparado ao grupo controle. Foram avaliados dados como idade, sexo, índice de massa corporal, tabagismo, pressão arterial, atividade da doença, presença de comorbidades e tratamento medicamentoso, grau de espessamento medio-intimal das artérias carótidas (EMIC), presença de placa aterosclerótica nas artérias carótidas, escore de risco framingham (ERF), níveis séricos de proteína C reativa, perfil lipídico e glicemia. Foram utilizado o teste "t" de Student e o teste Mann-Whitney comparação dos grupos. Foram realizadas a regressão logística multivariada ou regressão linear múltipla para verificar quais fatores presentes nessa população explicam a presença de risco cardiovascular. Foi adotado o nível de significância de 5%. Resultados: foram avaliados 52 indivíduos no grupo DII e 37 no grupo controle. No grupo DII, 67,3% apresentavam RCUI e 32,7% DC, a maioria encontrava-se em remissão da doença (57,7%). Não houve diferença entre os grupos com relação ao sexo, idade, tabagismo, comorbidades, pressão arterial, índice de massa corporal, perfil lipídico e ERF. O grupo DII apresentou valores superiores de glicemia em jejum [95 (86,2 – 107,3) mg/dL vs. 86 (79 – 100) mg/dL, p= 0,041], maior média da EMIC (0,69 ± 0,12mm vs. 0,63 ± 0,12mm, p=0,031) e maior percentual de placa aterosclerótica (25% vs. 5,4%, p=0,032) em comparação ao grupo controle. A presença de DII, ajustada para idade, sexo, tabagismo, glicemia, LDL-colesterol, triglicérides e IMC, se associou a um maior risco de placa aterosclerótica em carótidas (OR: 6,45; IC 95%: 1,035-40,216; p<0,046). Conclusão: indivíduos com DII apresentam maior risco de placa aterosclerótica em carótidas e, consequentemente, maior risco de doenças cardiovasculares em comparação a indivíduos controles. |