Avaliação da espessura do complexo médio-intimal da carótida em pacientes com ataxia telangiectasia: associação com biomarcadores relacionados ao metabolismo lipídico e da glicose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Paulino, Talita Lemos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2697783
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46278
Resumo: Introdução: A ataxia telangiectasia (A-T) é uma doença neurodegenerativa, que cursa com imunodeficiência em graus variáveis, disfunção mitocondrial e estresse oxidativo. Descobertas recentes incluem como fenótipo estendido da doença outras alterações como a resistência à insulina e o risco para o desenvolvimento de diabetes e doenças ateroscleróticas. Objetivo: Avaliar a espessura médio-intimal da carótida e correlacioná-la com biomarcadores do metabolismo lipídico e da glicose em pacientes com A-T. Métodos: Estudo transversal prospectivo e controlado que avaliou 18 pacientes e 17 controles, pareados por sexo, idade e estadiamento puberal, quanto ao estado nutricional, perfil lipídico, apolipoproteínas A-I e B (Apo A-I e Apo B), glicemia e insulinemia basais e após sobrecarga oral de glicose e aferiu a medida da espessura do complexo médio-intimal (CMI) da carótida. Resultados: A mediana de idade do grupo A-T foi de 13,1 anos; 6/18 (33%) eram desnutridos, 3/13 (23,1%) apresentavam baixa estatura para idade e 10/18 (55,5%) comprometimento da massa muscular. Foi observado dislipidemia em 10/18 (55,5%) dos pacientes, no entanto, apenas para o HDL-c foi constatada diferença significante entre os dois grupos (p=0,020). No grupo A-T 1/18 (5,5%) era diabético, 2/11 (18,2%) apresentavam intolerância à glicose e 5/11 (41,2%) resistência à insulina. Na análise bivariada o índice de massa corporal (IMC) e as concentrações de glicemia de jejum foram menores, e as de Apo B e da relação Apo B/ApoA-I foram maiores no grupo A-T. No entanto, na análise multivariada somente o IMC e a relação Apo B/Apo A-I permaneceram no modelo. A mediana da espessura do CMI da carótida apresentou correlação com as relações Apo B/Apo A-I, LDL-c/HDL-c e com a Apo B. A ingestão de energia, macronutrientes e colesterol não diferiu entre os grupos. Conclusão: Pacientes com A-T apresentam risco de aterosclerose e de diabetes que aliado ao comprometimento do estado nutricional pode complicar a evolução da doença.