Trauma e sofrimento docente: sintoma e invenção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Veloso, Lauro Take Tomo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11122018-105817/
Resumo: O aumento de casos de professores vitimados por violência, velada e desvelada, e, também, aqueles que, por motivos diversos, são afastados e adaptados funcionalmente por sofrimento psíquico, despertou minha atenção e meu interesse. O problema desta pesquisa foi se constituindo à medida que, ao conhecer a história desses professores, percebeu-se que a maioria parecia inibir-se e sucumbir com alguma doença e poucos pareciam se recuperar, ou até dinamizar e otimizar seu trabalho. A condição de desordem psíquica, impotência, fragilidade e inibição permite supor a produção do trauma. Por conseguinte, formulou-se a questão nuclear de pesquisa: na produção do trauma, alguns docentes sucumbem e outros se dinamizam. Quais são os aspectos determinantes de tais posicionamentos? Isso posto propõese a seguinte hipótese: o trauma pode ter efeito positivo. Postulou-se como objetivo estabelecer a relação entre o evento traumático, a produção do trauma e suas vicissitudes, e ainda, especificamente, compreender os efeitos psíquicos do trauma e os mecanismos que determinam o adoecimento e a prática criativa e inovadora. Os fundamentos teóricos se amparam na Psicanálise freudolacaniana e em seus principais interlocutores. O corpus para análise foi constituído a partir de oito entrevistas com professores em condição de sofrimento psíquico. A análise dos dados e a fundamentação teórica permitiram considerar que o estado de desamparo torna o sujeito suscetível ao trauma e indicam que a orientação por um desejo decidido (LACAN, 1974/1993), diante do encontro com o real, pode movê-lo à invenção (LACAN, 1975-1976/2007).