Rede de invenção no Brasil: características e determinantes dos tipos de inventores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Reis, Raquel Coelho lattes
Orientador(a): Gonçalves, Eduardo lattes, Taveira, Juliana Gonçalves lattes
Banca de defesa: Schiavon, Laura de Carvalho lattes, Montenegro, Rosa Livia Gonçalves lattes, Hasenclever, Lia lattes, Amaral, Pedro Vasconcelos Maia do lattes, Betarelli Junior, Admir Antonio lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Economia
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00017
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12872
Resumo: Esta tese apresenta três artigos que utilizam dados de copatenteamento das atividades inventivas no Brasil para investigar as características dos inventores e gatekeepers e os determinantes de seu desempenho inventivo. O primeiro artigo, “Tipos de interação e características dos grupos de inventores na rede de invenção no Brasil”, explora a relação entre as características do inventor e o tipo de interação deste com os demais inventores da rede. As interações podem ser nulas, locais, e/ou extrarregionais permitindo classificar os inventores em isolados, internal stars, external stars ou possíveis gatekeepers. O segundo artigo, “Identificação dos gatekeepers da rede de coinvenção do Brasil por diferentes métricas”, identifica os gatekeepers por diferentes medidas e investiga o perfil dos mesmos. O último artigo, “Determinantes do desempenho tecnológico de inventores e gatekeepers da rede de coinvenção do Brasil”, investiga o desempenho inventivo de coinventores brasileiros considerando a coexistência de efeitos multi-escalares. A tese permite compreender melhor o perfil dos inventores brasileiros, destacando a relevância dos gatekeepers para a rede. Os principais resultados apontam que coinventores possuem conhecimento educacional elevado e em alta tecnologia, permitindo inferir que redes de coinvenção possuem fluxo de conhecimentos mais complexos. Os possíveis gatekeepers, inventores com ligações internas e externas, possuem conhecimento educacional ainda mais elevado com títulos em pósgraduação, maior capacidade em absorver conhecimentos e são tecnologicamente mais especializados. No entanto, há sub ou superestimação de inventores classificados como gatekeepers dependendo da medida utilizada, sendo importante a aplicação conjunta de diferentes métricas. A maioria dos gatekeepers se concentram em São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas, atuando nos tipos de instituições mais inventivas das regiões. Contudo, gatekeepers mais direcionados a obter ligações externas tendem a se localizar em regiões não metropolitanas, vistos como meio de suprir a escassez de conhecimentos locais. Por fim, é possível associar o desempenho inventivo de gatekeepers e coinventores principalmente às características individuais destes como o grau de diversificação e conhecimento em alta tecnologia, pertencimento à indústria e salários mais elevados. Além disso, atuar como gatekeeper, bem como ser relacionalmente próximo a estes inventores também influencia no desempenho inventivo de seus parceiros diretos, enquanto os aspectos regionais e de regiões próximas explicam, em menor grau, o desempenho inventivo dos inventores brasileiros.