Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Dias, Caren da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-27082021-105406/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Distúrbios sensoriais são encontrados em indivíduos com sequela de Acidente Vascular Encefálico (AVE). OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi de verificar a relação da temperatura corporal, com o desempenho sensório-motor e a sensibilidade tátil plantar de indivíduos com sequela de AVE. MÉTODOS: Este foi um estudo transversal observacional no qual participaram 86 indivíduos com sequela de AVE, do Instituto de Medicina Física e Reabilitação, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foram divididos em dois grupos de 43, um grupo que relatava sentir alteração de sensação térmica e outro grupo que não relatava esta queixa. Os indivíduos fizeram avaliação do desempenho motor por meio da escala de Fugl-Meyer, realizaram o exame de termografia infravermelha, para avaliação da temperatura cutânea, e fizeram a estesiometria, para avaliação da sensibilidade tátil plantar, por meio de monofilamentos de nylon (SORRI Bauru, Semmes-Weistein Monofilaments). As imagens térmicas foram captadas por um sensor infravermelho, da marca FLIR T650SC® e posteriormente analisados pelo software FLIR Tools®. A comparação entre os grupos foi feita por meio dos testes: t de Student e teste exato de Fisher. As comparações que consideraram dois fatores foram realizadas por meio da ANOVA two-way para medidas repetidas. As correlações foram feitas por meio dos testes de Spearman. Em todos os casos, o nível descritivo alfa estabelecido foi de 5%. RESULTADOS: A média de idade do grupo com alteração de sensação térmica foi superior (58 anos) do que a do grupo sem sensação (48 anos), o grupo com sensação apresentou maior tempo de lesão (21 meses) em comparação ao grupo sem sensação (18 meses). Na Fugl-Meyer o grupo com sensação apresentou menores pontuações, com uma média de 120,60 pontos, já o grupo sem sensação 154,76 pontos. Foi observado maior discrepância de temperatura entre os hemicorpos, sendo 0,671 °C para o grupo com sensação e de 0,519 °C para o grupo sem sensação, mantendo essa diferença na região dos pés, no grupo com sensação 0,87 ºC, e 0,55 ºC no grupo sem sensação. Além disso, houve também maior diferença de sensibilidade entre os pés (plégico e sadio) no grupo com sensação (-1,06) e no grupo sem sensação (-0,85). Ao verificar a relação entre a sensibilidade tátil plantar e temperatura dos pés, houve associação muito fraca. Entretanto, o desempenho sensório motor, avaliado pela Fugl-Meyer mostrou estar associado à diferença de temperatura entre os lados (p < 0,001). O escore da Fugl-Meyer também possui relação significante (p < 0,001) com a diferença de sensibilidade tátil da região cutânea plantar. CONCLUSÕES: Indivíduos com sequela de AVE apresentam o lado plégico mais frio e menos sensível do que o lado sadio, independentemente de relatar ou não alteração de sensação de temperatura. O desempenho sensório-motor é pior naqueles indivíduos que relatam alteração da sensação de temperatura. Embora haja associação entre a sensibilidade tátil e a temperatura da região cutânea plantar essa associação é muito fraca, porém, quanto maior a diferença de temperatura, pior será a diferença de sensibilidade tátil plantar. Os dados mostram que quanto melhor o desempenho sensório-motor, menor será a diferença de temperatura entre os lados, bem como da sensibilidade tátil plantar |