Brincar, Imaginar, Criar: a iniciação artística com crianças e a poética na educação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Alexandre Medeiros de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-18012023-124439/
Resumo: Esta tese de doutorado investiga a dimensão lúdica, poética, estética e imaginária em processos educativos de iniciação artística entre educadores/as artistas e crianças, na Escola Municipal de Iniciação Artística de São Paulo (EMIA), de 2018 a 2019. A fundamentação teórica ancora-se nos estudos sobre o brincar, na Educação das infâncias, nas Artes e na Filosofia, como a fenomenologia do imaginário e da percepção, na busca por ampliar os debates recentes em torno das práticas e compreensões no campo dos estudos sociais da infância a respeito das culturas infantis e das culturas da infância, ressaltando as questões provenientes da dimensão corpo-mundopercepção-imaginário. A partir de narrativas poéticas reflexivas consideram-se os processos educativos em Arte, nos quais há coparticipação entre crianças e adultos/ as educadores/as artistas na produção do conhecimento, com pesquisa qualitativa, de caráter etnográfico, observação participante e cartografia, com registros em cadernos de campo, mapas do imaginário e do brincar, fotográficos e gráficos das crianças, do pesquisador, dos/as educadores/as artistas colaboradores/as, que também inspiram a criação de ilustrações realizadas por um artista visual. As análises, a partir do método fenomenológico de base interpretativa, revelam que: a atividade educativa demanda constância em ser retomada por seus/suas autores/as e pela instituição, apontando para a importância em respaldar as crianças em seus modos de ser, seu protagonismo, sua participação ativa na cultura e nos processos criativos de sua iniciação artística. O agir educativo engendrado nesse contexto de iniciação às Artes é um acontecimento de mão dupla, pois há ação educativa promovida pelas crianças evidenciada pela ludicidade, por suas narrativas corporais estéticas e estésicas, sua plasticidade e polimorfismo em articular relações e acontecimentos. A emergência do imaginário, que pelo devaneio poético convoca o irreal a constituir o real pelo encantamento, abarca dimensões simbólicas que vinculam e enredam os afetos, produzindo culturas infantis que adentram as culturas adultas, convoca à defesa de novos arranjos e sentidos culturais percebidos nas expressividades infantis como ação educativa que se encontra com a dos/as educadores/as artistas, numa relação dialógica de ação efêmero-poética, abrindo às comunicabilidades, iniciações, coautorias de ambos/as, ao hibridismo nas Artes e às poiesis pessoais e coletivas.