Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Andrea Fraga da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-06042023-110556/
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Resumo: |
Esta tese de doutorado investiga a criação em dança por crianças, juntamente à artista professora e pesquisadora, como possibilidade de ação artístico pedagógica, na Escola Municipal de Iniciação Artística de São Paulo, EMIA, assim como o contexto singular de compartilhamento de suas criações com outras crianças, o Encontro Criança Criando Dança. Assumiu-se que as ações, acontecimentos e experiências entre múltiplas conexões contêm o fazer artístico imbricado ao pedagógico, ao considerar o modo de estar de corporalidades crianças, que transitam entre a experiência lúdica e a estética em sua existência cotidiana e extra cotidiana. Ao partir do pressuposto de que as crianças, a seu modo e em diálogo com a cultura adulta, são capazes de produzir culturas infantis e, portanto, de fazer arte, pesquisou-se o processo de um grupo específico de crianças. Problematizou-se a existência de um modo de criação em arte/dança que se faz entre artistas adultas/os e crianças em permanente diálogo, de forma interdependente e a partir da experiência, tanto em seu âmbito singular e subjetivo quanto como possibilidade de acontecimentos compartilhados. A fundamentação teórica busca um diálogo entre os Estudos Sociais da Infância, como a Filosofia, a Antropologia, a Sociologia e a Pedagogia da infância, na interface com as Artes na infância, especialmente a dança, desenvolvendo as noções de corpo/corporalidade, arte/dança contemporânea e criação/iniciação a partir da experiência. A pesquisa se deu por meio da observação participante, por uma abordagem que transita entre a autoetnografia e a etnografia, com inspiração cartográfica, na medida em que amplia o escopo para um campo mais expandido que é o da EMIA, em seus diversos âmbitos. Os materiais levantados pela observação e conversas informais, registrados em caderno de campo, fotos e vídeos (mediante autorização), foram analisados de forma interpretativa, assim como também a documentação pedagógica de anos anteriores de prática da pesquisadora. Procurou-se dar visibilidade à dança que emerge da movimentação das crianças como a atualização de virtualidades, no sentido de danças que já estão ali presentes, não como potenciais, mas como realidades que podem vir a ser atualizadas em dança ou não, dependendo do desejo das próprias crianças, do contexto em que se fazem e da leitura de quem as reconhece. Buscou-se discutir a legitimação das danças das crianças como produção cultural infantil, a partir do momento em que ocupam um espaço artístico público, compartilhando seus processos e performances com outras crianças num encontro em que identidades e diferenças compõem um coletivo comum. Identificou-se uma prática de criar dança junto às crianças sempre a favor de suas investigações e brincadeiras corporais, uma dança que tem mais a ver com modos de existir do que com uma linguagem específica. Para tanto, mostrou-se ser preciso habitar as infâncias e habitar a arte e tornar a criação e o encontro uma ação política. |