Bases bioecológicas de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Scelionidae) e Trichogramma spp., (Hymenoptera: Trichogrammatidae) com vistas ao controle biológico do complexo Spodoptera (Guenée, 1852)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fortes, Alice dos Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-04012023-175927/
Resumo: O complexo Spodoptera, representado neste trabalho pelas espécies Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797), Spodoptera eridania (Stoll, 1782), Spodoptera albula (Walker, 1857), e Spodoptera cosmioides (Walker, 1858), é um dos mais importantes grupos de pragas que causam prejuízos a diversas culturas no Brasil. Para seu manejo biológico, são considerados potenciais agentes os parasitoides de ovos T. remus e Trichogramma spp. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência do parasitismo, o desenvolvimento e a capacidade de voo de uma isolinhagem e de uma população geneticamente variável de T. remus, ao lado de Trichogramma pretiosum (Riley, 1879) e de Trichogramma atopovirilia (Oatman & Platner, 1983) para as diferentes espécies do complexo Spodoptera citado. Para atingir tal objetivo também foi estudada a interação de T. remus e Trichogramma spp. no parasitismo de ovos de Spodoptera spp., em condições laboratoriais. Uma outra etapa da pesquisa foi determinar em qual dos hospedeiros alternativos, Corcyra cephalonica (Stainton, 1865) ou Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) T. remus parasita mais e se desenvolve melhor. Após a definição do melhor hospedeiro, foram elaborados extratos para serem aplicados sobre os ovos deste hospedeiro alternativo a fim de aumentar o parasitismo por T. remus. O extrato ativo foi determinado em teste de comportamento de T. remus e, em seguida, foi analisado por cromatografia gasosa (GC-FID) e de massas (GC-MS); posteriormente, foi realizada uma análise exploratória dos compostos presentes nesses extratos. Por fim, para todos os hospedeiros estudados, foi calculado o volume dos ovos a fim de entender melhor a relação hospedeiro-parasitoide. Considerando-se todos os parâmetros biológicos analisados, a isolinhagem de T. remus foi a mais indicada para o controle do complexo Spodoptera. Os parasitoides estudados apresentaram boa capacidade de voo, com exceção da população geneticamente variável de T. remus. Não houve sinergismo na associação de T. pretiosum com T. remus, em condições de laboratório. T. remus teve a mesma capacidade de se desenvolver nos hospedeiros alternativos estudados. As menores concentrações dos extratos de posturas e asas+pernas de S. frugiperda que registraram resposta de T. remus foram 58,75 mg/mL e 0,66 mariposas/mL, respectivamente. A partir da análise exploratória em GC-MS, determinou-se que compostos anotados como \'Dotriacontane\', \'8,11-Eicosadienoic acid methyl ester\' e \'Octadecenoic acid, methyl ester\' devem ser os primeiros a serem explorados em teste de eletroantenografia de T. remus. Os futuros estudos com esses compostos poderão selecionar atraentes a serem borrifados sobre as posturas do hospedeiro alternativo, no caso, C. cephalonica, para aumentar o parasitismo de T. remus.