Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Melo, Marília Corrêa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-12122022-175629/
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Resumo: |
Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) é uma praga polífaga de grande importância. Destaca-se por ser a principal praga da cultura de milho nos países da América do Sul e por ter uma alta capacidade de dispersão, sendo relatada em todos os continentes. As principais formas de controle são com a utilização de agroquímicos e cultivares geneticamente modificados. Com o intuito de buscar uma alternativa para o controle desta espécie, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento biológico de uma isolinhagem de Telenomus remus (Nixon, 1937) (Hymenoptera: Scelionidae) coletada em Piracicaba, São Paulo, em ovos de S. frugiperda em diferentes temperaturas e umidades relativas (UR), visando a determinação das condições ideais para a produção massal e para a realização do zoneamento ecológico do parasitoide no Brasil. Foi avaliado o desenvolvimento e parasitismo da geração parental de T. remus e de sua prole nas diferentes temperaturas (18, 20, 22, 25, 28, 30, 33 e 35°C) e UR (30, 50, 70, 90%). Com os valores obtidos foram confeccionadas tabelas de vida de fertilidade nas diferentes temperaturas e UR. Estimou-se que a constante térmica (K) é 210,36 graus dias e os limites térmicos inferior (Tb) e superior (Tmax) de desenvolvimento são 10,6°C e 35,9°C, respectivamente. Em ambas as gerações T. remus apresentou um melhor desempenho de parasitismo nas temperaturas entre 25 e 30°C e nas UR entre 50 e 70%. Foram feitos dois zoneamentos para T. remus no Brasil, sendo um baseado em valores de R0 (taxa líquida de reprodução), e outro baseado no número de gerações de T. remus em municípios produtores de milho de primeira e segunda safras. Ambos zoneamentos mostraram que nas regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e Sudeste do Brasil, estão as áreas mais adequadas para o estabelecimento e multiplicação de T. remus, especialmente nos meses de setembro a fevereiro. A região Sul, mais fria, oferece condições adequadas apenas nos meses de novembro a março. Nas mesmas condições climáticas que S. frugiperda, T. remus pode produzir de 4 a 6 vezes mais gerações em ambas as safras de milho. A primeira safra de milho no Brasil é a que apresenta um maior número de regiões favoráveis para a liberação de T. remus, visando ao controle de S. frugiperda. |