Hospedeiros alternativos podem substituir o hospedeiro natural para criação de Telenomus remus (Nixon, 1937) (Hymenoptera: Scelionidae), parasitoide de ovos de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae)?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira, Tiago Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-04082023-095146/
Resumo: O complexo Spodoptera (Lepidoptera: Noctuidae) é representada por oito espécies no Brasil e algumas delas são importantes pragas do milho, soja, algodoeiro, com destaque para Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797). O controle destas pragas é feito com agroquímicos e com plantas transgênicas (geneticamente modificadas). Estas medidas não têm sido totalmente eficientes ou não atendem às exigências atuais de sustentabilidade. Assim, uma das opções é a utilização de controle biológico com um parasitoide de ovos, Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Scelionidae), estudado no Brasil desde a década de 1980. Como tal controle deverá ser feito em grandes áreas da agricultura brasileira, há necessidade de produção de milhões de insetos e ao se fazer tais criações enfrenta-se o problema de canibalismo, especialmente com S. frugiperda, o hospedeiro natural deste parasitoide, e que exigiria a individualização dos insetos para tal criação. Desta forma, para solucionar o referido problema, pode-se pensar em hospedeiros alternativos, para tais criações massais do parasitoide, como é feito para Trichogramma spp., por exemplo. Assim, o objetivo da presente pesquisa foi determinar o melhor hospedeiro alternativo entre Ephestia kuehniella populações de T. remus, com e sem variabilidade genética (neste caso, as isolinhagens) por gerações sucessivas e o posterior parasitismo sobre S. frugiperda, Spodoptera eridania (Stöll, 1782) e Spodoptera cosmioides (Walker, 1858) por meio de tabelas de vida de fertilidade e parasitismo. Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que o hospedeiro alternativo pode substituir o hospedeiro natural para criação de T. remus por gerações sucessivas. Para isolinhagens ou para populações com variabilidade genética, C. cephalonica é o melhor hospedeiro para T. remus, sendo que para E. kuehniella, independente da genética da população, ocorreu a degeneração do parasitoide na 1ª geração de laboratório. Quanto ao parasitismo, populações de T. remus com ou sem variabilidade genética se comportaram diferentemente com relação ao parasitismo por espécie. Assim, as populações sem variabilidade genética (isolinhagem) parasitaram preferencialmente S. eridania e em menor escala S. frugiderda e S. cosmioides. Por outro lado, populações de T. remus com variabilidade genética, parasitaram preferencialmente S. frugiperda, vindo a seguir S. eridania e com pouco parasitismo para S. cosmioides.