Harun Farocki e a (des)montagem do olhar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lerman, Ricardo Terdiman
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-06022018-095900/
Resumo: O trabalho de pesquisa pretende aprofundar-se na concepção e método de cinema de Harun Farocki tomando como problema a relação da sua arte cinematográfica com a história e com as construções simbólicas que se operam a partir da produção de imagens no mundo pós-industrial. Há um duplo movimento em seus filmes que consiste em, de um lado, esboçar, através das imagens que circulam no interior do espaço social, uma história audiovisual da civilização que advém com a invenção da fotografia, a fim de localizar as convergências entre guerra, economia, política e representação. Do outro, investigar o papel do realizador e portanto questionar a técnica, a moral e a política de sua atividade, a fim de interrogar a prática cinematográfica em um mundo contemporâneo saturado dela. O presente trabalho buscará, pelo procedimento da análise fílmica discutir os aspectos sociais e políticos da produção de imagens na atualidade segundo a obra de Farocki, ancorando-se na crítica da fotografia (Flusser) e da história da cultura (Benjamin). A pesquisa evidenciará como as estruturas formais de seus filmes constroem uma relação singular entre as imagens de arquivo e os processos históricos correspondentes, tendo como horizonte compreender a ideia de cinema que se constrói nos filmes \"Imagens do mundo e inscrições da guerra\" (1988) e \"Videogramas de uma revolução\" (1992).