Poéticas da liberdade: experimentalismo e significação no romance contemporâneo brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carlotti, Tatiana Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-24052021-190810/
Resumo: No presente trabalho, nós analisamos, a partir da semiótica narrativa e das teorias do discurso, procedimentos experimentais praticados em três romances brasileiros contemporâneos: PanAmérica (1967) de José Agrippino de Paula, Zero (1974/1975) de Ignácio de Loyola Brandão; e Riverão Sussuarana (1978) de Glauber Rocha. Nosso objetivo é apresentar uma tipologia do experimentalismo na prosa contemporânea, propondo uma chave de leitura para essas narrativas, em geral, pouco conhecidas. Para tal, nós optamos por um corpus minimamente homogêneo: são todos romances publicados durante a ditadura militar (1964-1985), e que refletem o contexto de ebulição política e cultural no país e no mundo, articulando temas e figuras inspirados nos embates e personagens (ficcionais ou não) da Guerra Fria. Nós defendemos a hipótese de que o experimentalismo potencializa a crítica desses artistas contra as várias opressões do período, em particular, as tentativas de silenciamento da inteligência crítica nacional durante 21 anos de ditadura. Para estabelecer critérios de análise desses experimentalismos, nós utilizamos como base teórica os trabalhos dos semioticistas A.J.Greimas e Jean-Marie Floch, que nos permitem observar, com rigor e método, como a ilusão da realidade é construída no discurso literário e, em particular, nesses três romances experimentais que nos convidam a uma dupla revolução - a da arte e a da política -, em um contexto impossível de separar essas duas dimensões.