Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Zerbinatti, Bruna Paola |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-05122011-102122/
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Resumo: |
A teoria semiótica de linha francesa, em seu início, tinha como preocupação maior as questões do inteligível, quando Greimas propôs um percurso gerativo do sentido capaz de dar conta dos diversos sistemas de significação. Entretanto, com o passar do tempo, as questões da ordem do sensível e do afeto se colocaram como um desafio para os analistas e pediram espaço na teoria trazendo textos em que a narrativa não era central. Claude Zilberberg, em especial, é um dos autores que caminha na direção de propor a primazia do sensível em relação ao inteligível com os recursos do que veio a se chamar semiótica tensiva. Acompanhando o movimento feito tanto pela teoria quanto pela literatura, nossa dissertação tem como objeto um romance experimental, Catatau, de Paulo Leminski, que se apresenta como uma obra de difícil acesso devido à sua pouca linearidade narrativa. Nosso intuito é abordar a obra pelo viés da teoria tensiva tentando apontar caminhos possíveis de leitura a partir de estratégias e procedimentos recorrentes no texto. Assim como Zilberberg encontra no modelo saussuriano da silabação um sistema rítmico passível de ser expandido a todos os domínios semióticos, podemos encontrar em um romance como o Catatau células ou elementos que se repetem em determinados intervalos criando uma lei, uma orientação, enfim, um ritmo. É curioso notar, no entanto, que no caso da obra analisada, tal ritmo se mostra mais como um desorganizador da linguagem que como um organizador. Queremos com isso dizer que é a alternância da célula rítmica que provoca no leitor o efeito ininteligibilidade. Evidentemente que há diversos outros recursos, principalmente de nível discursivo, que também reforçam esse efeito, como mostramos ao longo do trabalho. Enxergamos então o romance de Leminski menos como uma narrativa diluída que como o produto de uma vivência, sendo que tal vivência só é possível por meio de um sujeito sensível, afetado pelo que está à sua volta. É nessa linha de abordagem que encontramos os meios para explicitar a construção do sentido do texto, objetivo por excelência da teoria semiótica |